sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017


Adequabilidade

 

                            É a qualidade do que é adequável, o que é “passível de se adequar, adaptável, ajustável”, no Houaiss eletrônico, portanto, ajustável, adaptável. Ajustabilidade, adaptabilidade. O que pode ser conduzido à condição de adequado, de adaptado, de ajustado.

                            Ajustar a quê?

                            Pode ser a qualquer coisa.

                            Em especial, quero apontar o maior dos ajustamentos, a todo o universo, na realidade presumivelmente ao pluriverso e a Deus, duplo de Natureza e a-Natureza. Pareamento completo, em todos os pontos, e não apenas n’alguns e n’outros. Em todos. Podemos esperar que Deus, tendo dado o salto para além-do-finito, mergulhando no não-finito que se diria in-finito, é o único que realmente se adequou completamente, totalmente, absolutamente, tornando-se o centro do processobjeto: processos que são a-Natureza e objetos da Natureza, conjuntos dos programas e das máquinas onde eles rodam. Nenhum outro racional pode obter completa, integral adequação em todos os pontos. O mais perto chegaria a todos menos um, PELO MENOS. Mas Deus, tendo compreendido tudo que está na Tela Final, se torna Natureza logo a seguir e completa-se absolutamente como Centro.

                            Entrementes, podemos perguntar quais são os tipos de mentes ou cérebros que podem existir, numa graduação que vá de um a cem, de 1 a 100 %, representando este o limite de adequação, quando se consegue o trânsito de automontagem em tempo mínimo, e aquele o menos adequado de todos, demorando perto do máximo temporal do universo modelado. Ou seja, quanto tempo demoram os racionais para sair do zero psicológico/p.3 e perceber e concluir a automontagem? E, se é certa a questão de Pi, em quanto tempo chegam à ruptura, como a chamou Gabriel?

                            Seria o ser humano médio? Estaria abaixo de 50 ou acima? Quanto? Essas perguntas são pertinentes, porque é chato demais demorar muito tempo para perceber o filme – uns fazem-no mais cedo, outros mais tarde, mas aquele que sai coçando a cabeça ou nem sabe onde esteve, esse é aborrecido demais.

                            Vitória, terça-feira, 13 de maio de 2003.

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