A Vaquinha da Inteligência
Certa
moça perguntou qual é o meu QI, eu disse não saber, nunca fiz testes. Por um
lado, como já disse, deveriam ser testes QIMC (de inteligência, de memória, de
controle) e não apenas QI (quociente de inteligência). Em segundo, quem o
estabelece, com base em quê? Quais são as preferências implícitas? Que
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática) geral guiou sua construção? Como estão,
necessariamente, ligados à formestrutura política-ideológica (Escravismo,
Feudalismo, Capitalismo, Socialismo, Comunismo, Anarquismo) dominante e à
particular projeção governempresarial, devemos perguntar: a quem ele interessa?
Porque
podemos saber disso: os testes de QI nos extraem da população para serviço às
elites, nem sempre ao povo; é um serviço de extração, em que os supostos
“gênios” são transformados em pelegos, servindo como amarração para tosquia das
populações pelos aproveitadores de serviço.
Então,
desde o princípio, eu recusei, embora não fosse por essa visão atual mais
completa. No Salesiano de 1971, quando estava fazendo cursinho, fizeram teste e
me neguei a participar. E é perigoso, como já disse, porque no caso de conflito
eles procuram primeiro os criadores, os quais podem representar fonte de perigo
para a ditadura de plantão. Depois, é humilhante para os demais, os
classificados “abaixo”, quando nitidamente todos tem direito à igualdade,
embora deva ser a assimétrica (que pode mais faz mais), não a forçada, da
ideologia mais perrengue.
Os
testes de QI só fazem prender a vaquinha de que se tirará o leite, a
“inteligência”, o que quer que isso seja sem as provas das obras. Os testes
QIMC mais apurados devem prosseguir, mas quem deseje fazê-los deveria ser
informado do lado negativo.
Vitória,
sexta-feira, 16 de maio de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário