Acesso Infantil às Tecnartes
Vejo
as pessoas falando da necessidade de dar às crianças acesso às artes, no caso
do modelo às tecnartes, técnicas/artes.
Olhemos
isso com os instrumentos do modelo.
As
crianças vêm da chamada “tabula rasa”, o quadro vazio de memórias, onde só a
inteligência está presente, estruturalmente posta. Como já vimos no artigo A Escada da Tabula Rasa, do Livro 23,
na realidade estão presentes os elementos anteriores, desde os físicos e
químicos até os biológicos e p.2, no caso do último par dos fungos, das
plantas, dos animais, dos humanóides, de modo que não vem do zero, mesmo.
Mas
ali está a criança, para efeitos humanos de aprendizado na seqüência da
mesopirâmide (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: municípios/cidades,
estados, nações e mundo), principiante posto do lado da Natureza F/Q e B/p.2,
tudo natural e ao acaso, selvagem e bagunceiro, caótico, indisciplinado. No
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática) geral a Arte é, com a Magia, os dois modos mais
espontâneos, menos sem rebuscamento, e apesar disso fala-se de ENSINAR, o que
necessariamente, nestes tempos pós-contemporâneos, significa superordem.
Temos
Criança e Arte (em maiúsculas conjunto ou grupo ou família de), ambas
irreverentes, rebeldes, descomedidas, obrigadas que estão agora a seguir
trilhas bem estreitas de comportamento. Eu rio, eu gargalho, porque é contra-senso.
Então,
que se construísse pelo menos uma grande arena onde livremente artistas e
crianças entrassem em contato uns com outras, do modo mais instintivo possível,
com brincadeiras, chistes, gozações, encontro trocista mesmo - na trilha da
bandalheira. De outra forma não vai sair boa Arte – o que continuaremos a ver
serão aqueles traços bobocas que os pais gostam de guardar por um tempo e
depois mofam em qualquer canto, nem as ex-crianças querendo mais vê-los.
Vitória,
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003.
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