A Voz da Mulher
Como eu já disse, a
Voz da Mulher no modelo da caverna deve ser deve ter uma capacidade operativa
(no sentido de operar mesmo, de fazer obra, de induzir movimentos dos agentes)
diferente da Fala do Homem, pois na Rede Cognata temos voz = MULHER = MANSA e
fala = HOMEM (se F = S).
Devemos ver o
CENÁRIO PSICOLÓGICO (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses,
produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou
geo-histórias) nas proximidades da caverna, onde ficariam as mulheres e as
crianças coletoras (os garotos até a idade de transição, lá pelos 13 anos,
através dos ritos de passagem migrando da Língua Feminina para a Língua
Masculina), por oposição às distâncias atingidas pelos homens caçadores em
busca de proteínas animais. Se isso for verdade, devemos esperar que até os 13
anos os meninos tenham propensão para coletores, ao passo que depois disso se
tornarão agressivos e matadores, destruidores, ao passo que as meninas não,
exceto por imitação e para agradar. Isso quereria dizer que mulheres em
quadrilhas não estão agindo por iniciativa própria, senão sendo mandadas por
seus homens, por exclusiva repetição, menos as pseudofêmeas que, essas, sim,
iriam por natureza. Ora, quando os meninos se tornam homens, devem adquirir uma
entonação de fala, mudança da voz, que se torne impositiva, governante do todo
da coletividade. Não é um mero engrossar, deve ser uma sobreposição vocal.
Então suas falas se sobrepõe às vozes das mulheres.
Até então, as
mulheres devem controlar um coletivo alimentar e funcional bastante grande, a
Voz se prestando a essas necessidades. Meninas devem ter vozes menos potentes,
velhas devem perder a capacidade de vocalização feminina, mulheres maduras
estão no auge do poder orientador e persuasivo, assumindo a direção, com uma
fêmea-alfa. O quê na parte feminina do Dicionário serve de palavra de alerta
perante o inimigo, o quê de condução firme, o quê disso e daquilo? Entonações
diferentes nos mesmos adjetivos e substantivos, modificações sutis, alongamentos
ou encurtamentos da pronúncia, são pesquisas muitíssimo interessantes. A
Psicologia, tal como ela existe agoraqui, é plenamente insuficiente, pois não
se propôs a qualificação e a quantificação ou métrica dessas emissões
distintíssimas, no meu modo de ver. Como voz = MULHER = RAZÃO, devemos rever
que a mulher tem relativamente bastante tempo para pensar, não devendo
concentrar-se na trilhas e perseguições de caça. É um jeito todo seu de ver.
Penso que quase todo o conhecimento e quase toda acumulação primitiva veio
realmente das mulheres.
É a dialética: o
poder inicial é negado enquanto tese pela antítese, que é o Homem (em maiúscula
conjunto ou grupo ou família de homens, todo o coletivo masculino), depois se
chegando à máxima degradação e rebaixamento da dominante anterior. A Mulher foi
o poder inicial.
Como essa Voz
operava? Que Psicologia da Voz podemos esperar? Evidentemente isso é muito
importante para a Economia (Agropecuária-Extrativismo, Indústrias, Comércio,
Serviços e Bancos) toda, pelo que se poderia prever – o que é um tremendo poder
sobre elas, diga-se de passagem.
Vitória, sábado, 22
de fevereiro de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário