sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017


A Suplantação da Pele

 

                            Podemos encontrar diferença em qualquer igualdade (como fazemos entre os seres humanos) ou igualdade em toda diferença (como acomodamos um novo gosto pela primeira natureza, a de fungos, plantas, animais e humanóides na ecologia agora vista como comum dando-lhes valor muito maior).

                            Quando queremos o nariz diferente pode significar a morte de milhões, ou o cabelo mais ou menos crespo, ou as orelhas de abano, ou a cor da pele, ou o tamanho do pênis, tudo é motivo de segregação, ao passo que quando estamos interessados podemos relevar quase tudo, como a mãe racista da lourinha autêntica acha formidável o genro negro e milionário.

                            Bem, como suplantar, como extrapolar a pele e as diferenças maiores e menores que há entre seres humanos?

                            Veja que é através da razão, do reconhecimento da humanidade subjacente às diversidades exteriores, às tinturas superficiais. Será principalmente por meio da língua, da expressão cultural, da criação das coisas do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, o que os seres humanos, somente nós na Terra, somos capazes de fazer. A pele é suplantada quando os seres, debatendo-se contra as des-razões, conseguem vencê-las, juntos ou separados. Caso os africanos tivessem civilizações avançadas eles seriam repudiados? Como todos tivemos uma origem mais remota comum na África de 200 mil anos atrás, em lugares próximos e tempos não muito distantes nascendo a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y, ambos africanos, somos todos descendente da Mãe África, inclusive aqueles africanos nórdicos. Ora, estes são respeitadíssimos agora, quando se mostraram ultra-racionais, ao passo que há apenas mil e quinhentos anos atrás eram desprezados.

                            Vitória, sábado, 05 de abril de 2003.

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