A Suplantação da Pele
Podemos encontrar
diferença em qualquer igualdade (como fazemos entre os seres humanos) ou
igualdade em toda diferença (como acomodamos um novo gosto pela primeira
natureza, a de fungos, plantas, animais e humanóides na ecologia agora vista
como comum dando-lhes valor muito maior).
Quando queremos o
nariz diferente pode significar a morte de milhões, ou o cabelo mais ou menos
crespo, ou as orelhas de abano, ou a cor da pele, ou o tamanho do pênis, tudo é
motivo de segregação, ao passo que quando estamos interessados podemos relevar
quase tudo, como a mãe racista da lourinha autêntica acha formidável o genro
negro e milionário.
Bem, como suplantar,
como extrapolar a pele e as diferenças maiores e menores que há entre seres
humanos?
Veja que é através
da razão, do reconhecimento da humanidade subjacente às diversidades
exteriores, às tinturas superficiais. Será principalmente por meio da língua,
da expressão cultural, da criação das coisas do Conhecimento (Magia/Arte,
Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral, o que
os seres humanos, somente nós na Terra, somos capazes de fazer. A pele é
suplantada quando os seres, debatendo-se contra as des-razões, conseguem
vencê-las, juntos ou separados. Caso os africanos tivessem civilizações
avançadas eles seriam repudiados? Como todos tivemos uma origem mais remota comum
na África de 200 mil anos atrás, em lugares próximos e tempos não muito
distantes nascendo a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y, ambos africanos, somos todos
descendente da Mãe África, inclusive aqueles africanos nórdicos. Ora, estes são
respeitadíssimos agora, quando se mostraram ultra-racionais, ao passo que há
apenas mil e quinhentos anos atrás eram desprezados.
Vitória, sábado, 05
de abril de 2003.
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