quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017


A Fuga de Moisés

 

                            Quando a gente olha a Bíblia, lemos que para tirar o povo do Egito Deus impõe ao Faraó e ao país as pragas, uma das quais é terrível, ver Yul Brynner com o filhinho nos braços, é de deixar qualquer um passado. Finalmente, depois de muito insistir, a liderança e a população toda se rende deixa partir os escravos hebreus (o que significaria não só tremenda falta de braços, com encarecimento geral dos produtos, a inflação associada, como principalmente que os egípcios deveriam assumir as tarefas dos migrantes – o que, para eles, deve ter soado pior ainda).

                            Já sugeri no Livro 3, artigo Akenaton, Moisés, que se tratavam da mesma pessoa, pois no filme dizem que o nome de Moisés seria apagado de todos os edifícios públicos, o que devemos pensar aconteceria com o renegado Akenaton, o fracassado instalador da religião nova do Deus Único. Moisés, naturalmente, é Moses, como em Tut/moses, pois os nomes egípcios eram compostos daqueles dos deuses, por exemplo, Tut/Ank/Amon, Tutankamon, genro e sucessor de Akenaton, o Amado de Aton, o Disco Solar, o Sol Invencível, Deus.

                            Então, qual é o cenário?

                            Depois de muita luta para convencer o Faraó, as elites e o povo remanescente, que assumiria os encargos da falta de braços, Moisés carrega uma multidão, que vemos no filme ser conduzida por ele, Aarão e Josué – milhares de pessoas, de cabeças de gado de todo tipo, de galinhas, de quinquilharias, uma procissão interminável. Era um problema a falta deles, mas o Faraó já tinha se convencido do poder de Deus, tinha-os deixado sair.

                            De repente, sem qualquer explicação, o Faraó volta atrás em sua decisão (a palavra do Rei não volta atrás, lembre-se disso) e sai em perseguição da multidão, com aquelas memoráveis cenas do vórtice de fogo, da abertura de um canal no Mar Vermelho, da passagem dos hebreus e do afogamento do exército egípcio.

                            Por quê mudança tão súbita de opinião?

                            A resposta está na Arca da Aliança.

                            Naturalmente era um artefato muito poderoso, que Moisés/Akenaton subtraiu dos templos sem permissão. Roubou, enfim, pois ao ser exilado, ao ser expulso, tinha deixado de ser egípcio, tinha perdido sua cidadania e nada do Egito lhe pertencia mais. Notando a falta de um de seus preciosos artefatos herdados dos Antigos (supostamente os atlantes, os gigantes que sucederam os anjos que desceram à Terra – veja o artigo deste Livro 24, A Arca de Noé), ficou furioso e decidiu enfrentar o poder do terrível Deus Único de Moisés.

                            Não foi de graça, não foi àtoa, não foi qualquer coisinha, senão grande perda, perda incomensurável, inqualificável, o centro mesmo da existência egípcia. Se Moisés estava levando os esfarrapados, o lado mais de baixo da pirâmide social, os escravos, os arruaceiros, os miseráveis, que importância isso teria, no final das contas, para o Egito poderosíssimo (lembre-se que o país surgiu lá por 3500 a.C. e estamos falando de Moisés em 1200 a.C., ou seja, acumulação contínua de 2.300 anos)? Bastava pegar mais alguns escravos nas redondezas.

                            Não, aí tem coisa.

                            Essa coisa não pode ser senão a Arca. Um artefato tecnocientífico muitíssimo avançado que era tido na época como mágico.

                            Esse artefato está escondido em algum lugar.
                            Vitória, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003.

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