sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017


A Curva do Sino e o Centro Galático

 

                        Como eu já disse nos testos das posteridades, imagine a Curva do Sino ou de Gauss (Johann Freidrich Carl, matemático alemão, um dos grandes, 1777 a 1855, 78 anos entre datas), que é a definição das distribuições dos campos ou estatísticas dos muitos eventos e serve para qualquer grande número; por ela veremos uma acumulação no centro, que é onde, estimam os astrofísicos, há um buraco negro com 30 milhões de massas solares (menos de um milésimo do total). Ele é o equivalente no sistema solar ao próprio Sol. Está pequeno, não passa de uma criança depois do nascimento, eu creio; quando atingir sua maior dimensão será imenso sol negro em volta do qual outros sóis negros menores girarão como se fossem os planetas do nosso sistema estelar, uns maiores e outros menores, formando-se dos vórtices das espirais. Vendo a Galáxia, é como se estivéssemos vendo o SS em sua origem. Aliás, cada galáxia equivale, postas as diferenças, aos sistemas em formação primordial.

                        De fato, os estimados 400 bilhões de estrelas da Galáxia ou Via Láctea (estrada de leite, em latim) caem bem nessa categoria. Assim sendo, fatalmente elas se aglomerarão na forma do sino, com bordas prováveis acumulando mais ou menos estrelas, para formar anéis e depois os pequenos sóis negros. No final da composição teremos sistemas galácticos em tudo semelhante aos estelares de agora. No final mesmo os superaglomerados orbitarão o imenso sol negro do centro universal.

                        Por enquanto as estrelas estão se aproximando do protonúcleo, subindo nele, antes de se precipitarem no centro que tudo engole. Veja a Curva do Sino como dupla, para cima e para baixo, formando uma dupla tigela, o centro colapsando para desenvolver o buraco negro. As galáxias nada mais representam que diferentes estágios dessa formação. Só que, em vez de pequenas massas que se aglomeram para formar planetas, temos estrelas que se aglomeram para formar superestrelas, os sóis negros, os buracos negros. Pelo tamanho do BN da Galáxia podemos dizer que ela é bem jovem, no concerto das vestutas senhoras, onde BN’s de muitos bilhões de massas solares devem estr em evolução.

                        Deveríamos pensar mais na Curva do Sino. Com ela aprenderíamos muito mais depressa.

                        Vitória, domingo, 08 de junho de 2003.

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