quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017


A Conquista Empresarial do Espaço

 

                            A grande custo, desde o Sputnik (lançado pela URSS em 1957, o satélite orbital inaugurou a Era Espacial), portanto há 2003 – 1957 = 46 anos, primeiro EUA e URSS, e vários, depois de 1991 EUA, Rússia, Europa (França e Grã-Bretanha), China (a ponto de agora estar para colocar seu primeiro astronauta no espaço), Índia e até o Brasil tem lançado satélites, sempre governamentais, a participação das empresas na exploração espacial estando vedada ou sendo desestimulada.

                            Os valores são bilionários em dólares.

                            Um satélite típico pode custar 100 milhões de dólares, que é o orçamento de um filme (este rende 300, 400 milhões, se for bem feito, enquanto os satélites nada rendem, se é que não dão prejuízos) de frente.

                            Empresas vem lançando satélites de comunicação, sempre contratando os lançadores dos governos, segundo creio. Não há, digamos, um Manual da Exploração Empresarial do Espaço, o que é bem sintomático da burocracia deste mundo-Terra. Ninguém se preocupou em soltar a cavalaria no pasto, em abrir os currais e dar vazão ao ímpeto transformista dos empresários.

                            A situação seria bem diferente, hoje, se tivéssemos tido um grupo de empresários orientados para as circunvizinhanças do planeta e até para a Lua e Marte, em termos mesmo de instalações permanentes, de exploração do satélite natural e do planeta vermelho. Vão e façam! - deveria ser a ordem, mas essa idiotice da Guerra Fria, de antes de 1957 e até a Queda da URSS em 1991, nesses 34 anos entre as duas datas a coisa toda esteve emperrada, para grande prejuízo humano. Está certo que eu mesmo me revoltei com os gastos vultosos no espaço, enquanto a superfície vinha sendo esquecida pelos idiotas, mas mesmo assim.

                            Bem, nem tudo está perdido, pois sem a barreira das estratégias de proteção do espaço exterior, liberados os empresários, eles irão, descobrindo novos meios de lucrar. O fato de ambos os lados terem preparado uma quantidade relativamente enorme de tecnocientistas espaciais foi um benefício indireto, permitindo à futura socioeconomia espacial jogar toda essa gente no empreendimento.

                            Vitória, segunda-feira, 28 de abril de 2003.

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