A Bruxa
O modelo diz dos
pares polares opostos/complementares, de modo que ninguém é totalmente mal ou
totalmente bom. Na verdade, diz a escolha que fiz, 2,5 % são profundamente
maus, 47,5 % maus, 47,5 % bons e 2,5 % extremamente bons. Mas não totalmente,
100 % é impossível.
Assim, há bruxas em
qualquer posição. Pegue uma qualquer, ela vive o Dicionarienciclopédico todo,
todas as palavras de cada dicionário particular: casa, amor, compras, desejos,
deveres, obrigações civis, devoção, etc., o que nunca foi sintanalisado a
fundo, quer dizer, nunca foi tratado com a devida pertinência. Um filme-piloto
que justamente enfoque o cotidiano de uma bruxa moderna, as tarefas de sua
profissão civil entremeadas com seu envolvimento com a magia, a trilha
particular dela na Magia. Prosaica bruxa, banal, burguesa, em tarefas
ordinárias, corriqueiras, triviais, simples, do dia a dia. Dores e amores,
alegrias e tristezas, fúria, arrependimento, amor a Deus, filhos a criar, mas
não naquele estilo meloso de A
Feiticeira, e sim uma bruxa contemporânea que vive na Psicologia e na
Geo-História, tendo de fazer mudanças, de agüentar o trânsito, de fazer feira e
supermercado, pregar botões, atender ao marido, suportar as regras e a TPM, ir
a festas.
Pode, evidentemente,
ter uma seqüência muito frutuosa.
Vitória,
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003.
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