quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017


A Bruxa

 

                            O modelo diz dos pares polares opostos/complementares, de modo que ninguém é totalmente mal ou totalmente bom. Na verdade, diz a escolha que fiz, 2,5 % são profundamente maus, 47,5 % maus, 47,5 % bons e 2,5 % extremamente bons. Mas não totalmente, 100 % é impossível.

                            Assim, há bruxas em qualquer posição. Pegue uma qualquer, ela vive o Dicionarienciclopédico todo, todas as palavras de cada dicionário particular: casa, amor, compras, desejos, deveres, obrigações civis, devoção, etc., o que nunca foi sintanalisado a fundo, quer dizer, nunca foi tratado com a devida pertinência. Um filme-piloto que justamente enfoque o cotidiano de uma bruxa moderna, as tarefas de sua profissão civil entremeadas com seu envolvimento com a magia, a trilha particular dela na Magia. Prosaica bruxa, banal, burguesa, em tarefas ordinárias, corriqueiras, triviais, simples, do dia a dia. Dores e amores, alegrias e tristezas, fúria, arrependimento, amor a Deus, filhos a criar, mas não naquele estilo meloso de A Feiticeira, e sim uma bruxa contemporânea que vive na Psicologia e na Geo-História, tendo de fazer mudanças, de agüentar o trânsito, de fazer feira e supermercado, pregar botões, atender ao marido, suportar as regras e a TPM, ir a festas.

                            Pode, evidentemente, ter uma seqüência muito frutuosa.

                            Vitória, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003.

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