29.481 em Média
Os jornalistas
escrevem e falam assim.
Vamos analisar o que
seja isso.
Para ter o 1 (um)
terminal ou final deve ser média de inteiro, por exemplo, 58.962/2 ou 88.493/3
ou qualquer 29.481(n/d), em geral. O que nos garante que não tenha sido fração
que foi aproximada? Depois, há a aproximação científica para 29,5 mil, que é
maior que 29.481 apenas 19 ou 6,5/10.000. Uma margem tão pequena pode dever-se
a inexatidão de amostragem, pelo que é melhor expressar 29,5 mil, como fazem os
cientistas. Depois, médias são traiçoeiras, pois como se diz classicamente em
referência à estatística, “se alguém está com a cabeça no fogo e os pés na
geladeira, na média vai muito bem”, e isso não seria verdadeiro. A cabeça
queimaria e os pés congelariam e gangrenariam. De dissermos que foram ao
estádio numa semana 250 mil espectadores e na outra 10 mil, na média teríamos
130 mil espectadores. Os dois times que atraíram o primeiro contingente são
excelentes, os dois últimos péssimos – na média são os quatro bons? A média é
um padrão, que só ajuda o conhecimento quando temos os extremos e de
preferência os números todos.
Enfim, o Jornalismo,
como forma baixa da História, tanto quanto a Cartografia, a contraparte baixa
da Geografia, devem se ajudados, guiados para uma forma de expressão mais
condizente com a compreensão as formas firmes da lógica-dialética, a dialógica,
a tecnarte de diálogo com o mundo. São muitas vezes patéticas as expressões que
os jornalistas usam, querendo parecer espertos e atilados. Só denotam afoiteza
e falta de cultura, para não falar de conhecimento firme.
Os responsáveis são
os conhecimentos altos (Magia, Teologia, Filosofia e Ciência) que não cuidam de
seus pupilos postos mais abaixo na escada da compreensão.
Vitória, sábado, 22
de fevereiro de 2003.
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