sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017


0,13 % apenas

 

                            Li recentemente em qualquer lugar que as áreas urbanas somadas do Brasil ocupam “0,13 % apenas” do território nacional. Quando não se é estatístico e nem sequer se sabe fazer as contas básicas, pode-se dizer muita asneira.

                            A área brasileira é de 8,5 milhões de quilômetros quadrados (8.514.204,9 km2, pelo apontamento mais preciso), de modo que “0,13 % apenas” constituem 11 mil km2, que é como se um quarto do ES, que tem 45.597 km2, estivesse ocupado exclusivamente com áreas urbanas. Isto é, estando 1,3 milésimo da terra ocupado, como se uma cidade contínua que cobrisse ¼ do território capixaba.

                            E isso em apenas quatro séculos, na realidade nos últimos 50 anos, sem falar em tudo que é conexo da cidade, a alimentá-la. Sendo exponencial essa doença epidérmica da Terra, verdadeiro cancro a corroê-la (embora com bons propósitos), está crescendo a velocidade espantosa, de fato, ao contrário do que o “apenas”, advérbio significando “a custo, dificilmente, mal”, leva a entender. Nos 25 mil cm2 que em geral constituem a pele humana corresponderia a uma mancha de 32,5 cm2, círculo de mais de três centímetros de raio. Se isso não te preocupasse, o que o faria?

                            Ah! - depende de quem olha.

                            Na realidade, para mim parece muito, sem falar que o campo, que no corpo equivaleria a metástase interna, é muito mais amplo, para alimentar a gulodice consumista das cidades.

                            NA REALIDADE isso merece investigação muito mais profunda.

                            Vitória, sábado, 05 de abril de 2003.

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