Universidades
Li na Internet que
há no mundo seis mil universidades. Fiquei espantadíssimo, assombrado mesmo. Como
são cerca de 220 nações, temos uma média de 30/1. Estimei que seriam uns quatro
mil estados ou províncias (gostaria de ter uma conta precisa, em especial com a
listagem deles/delas), devendo haver 1,5 universidade por E/P. No Espírito
Santo, universidades mesmo, há a UFES, Universidade Federal do ES, a UVV,
Universidade de Vila Velha, e que se chame assim a FAESA, com vários campus,
mais as faculdades isoladas, não sei avaliar ao certo.
O ES detém coisa de
2,5 % da renda nacional, 1/40, e o Brasil grosso modo 2,5 % da mundial; daí que
caiba ao nosso estado 1/1.600 da renda planetária. Está acima da média, que
seria de 1/4.000, 4.000/1.600 = 2,5, ou seja, 150 % acima. Muitos E/P, mais da
metade, não terão nenhuma universidade.
Mesmo assim é um
fenômeno, algo de totalmente espantoso, como tal nunca avaliado em sua potência
implícita e explícita. Se todas essas universidades se unissem políticadministrativamente
constituiriam um poder paralelo formidável, rivalizando com e ultrapassado 2/3
das nações, talvez 95 % dos estados, tanto em riqueza comum quanto em
conhecimento. Para dizer tudo, sendo tão poucas, relativamente aos
quantitativos dos conjuntos pessoambientais (PESSOAS: indivíduos, famílias,
grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo),
seria o maior poder da Terra, fora a reunião de TODAS as nações, de TODOS os
estados/províncias ou de TODOS os municípios/cidades, cada vez estatisticamente
mais difícil de fazer, quanto mais cresça o número.
É fácil reunir seis
mil reitores, não dá nem um estádio pequeno de futebol de várzea; como eles
podem viajar para qualquer lugar a qualquer momento, com a Internet e as outras
mídias que têm a sua disposição virtualmente eles são um poder paralelo
potencial de enorme envergadura – pensando bem.
É até assustador
pensar nisso.
Em todo caso,
ninguém se lembrou de investigar as universidades enquanto potência conjunta contemporânea
(1789 a 1991) e pós-contemporânea (1991 em diante), em todos os seus
desdobramentos. Nem sei se há alguém que possa fazer isso. Se for capaz
certamente o livro apareceria mais como o desdobramento de opiniões (que o povo
chama de “encher lingüiça”) do que como uma abalizada abordagem completa,
esgotadora do assunto.
Vitória,
quinta-feira, 03 de abril de 2003.
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