Unigênito!
Há uma passagem
esplendida na vida de Jesus, que não vi ninguém analisar. Diz-se que Ele é filho
unigênito de Deus. O Michaelis da máquina diz que é o cognome de Jesus,
e traz unigênito como sendo “único gerado por seus pais” (pai e mãe), filho
único.
Mas pode ter o
sentido de uni (único) / gênito (gerado), como o gerado de um só, como um
clone, uma réplica. Evidente que os clones só foram pensados pela Ciência
enquanto realidade no final século XX, embora a FC viesse falando deles há mais
tempo como possíveis, tendo propagado as primeiras discussões científicas e
técnicas de algum tempo antes.
Já se tinham passado
quase dois mil anos antes que alguém levantasse a possibilidade.
Uni-gerado, veja só.
Filho unigênito de
Deus.
Compreensão humana
da Terra não poderia ser, a menos que haja mais do que dizem. Ou isso vinha de
conhecimento de civilização avançada do passado, ou de gente de fora, ou de
Deus mesmo.
E Jesus dizia: “quem
me vê, vê Meu Pai”. O que seria bem lógico, dado que um seria a réplica do
outro. E dizia também que estava em Deus desde o princípio, o que também é
lógico.
Não é espantoso?
As pessoas ficam
pedindo provas, mas não analisam as palavras a fundo, nem na Bíblia nem em
outros lugares, principalmente não o fazem com isenção, sem paixões contras ou
a favor.
Imagine que tivemos
de evoluir sócio-economicamente dois milênios para chegarmos a ponto de pensar
em gerar um clone, uma repetição exata de um ser, e mesmo assim animais. Embora
se diga que há condições, e que já estão em gestação seres humanos, meditemos
que dos clones animais obtidos vários foram teratogênicos não mostrados. Dizem
que 300 mulheres estão na fila, mas é esperar para ver. Isso que é incipiente e
mal-posto pela humanidade de dois mil anos depois, aparentemente era cursivo,
comum, trivial para quem gerou Jesus há dois mil anos.
E, se Jesus era
filho unigênito de Deus, quer dizer que: 1) Deus é só humano, e Jesus também,
ou 2) ambos são só divinos, ou 3) ambos são parcialmente divinos e parcialmente
humanos. Só existem estas possibilidades.
As implicações são
sérias, pois se Deus é humano, é mortal, e Jesus também. Se é exclusivamente
divino, e Jesus também, deve ser imortal, razão pela qual Jesus não queria ser
tocado, nem teria se misturado a gente humana. E se Jesus era mortal, morreu, e
não houve ressurreição, furando o dogma na base de todo o cristianismo.
Os cristãos vão se
apegar à hipótese de serem ambos imortais, pois que sentido faria um ser,
criador de todo o universo, ser mortal?
Eu
creio que a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, está cheia de mensagens
que só poderão ser entendidas mais adiante. E muitos outros livros também. Que
há mais coisa entre o Céu e a Terra do que pode sonhar a vã filosofia humana
está bem claro.
Vitória,
quinta-feira, 23 de maio de 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário