O Gênio de George
Lucas
Como se sabe, George
Lucas é o pai de toda essa série de Guerra nas Estrelas, que originalmente
começou com o Episódio IV, Guerra nas
Estrelas, de 1977 (quatro estrelas no Guia de Vídeo da Nova Cultural), o
episódio V, O Império Contra-Ataca,
de 1980 (quatro estrelas) e o episódio VI, O
Retorno de Jedi, de 1983 (três estrelas).
Então, em 2001, ele
lançou o episódio I, A Ameaça Fantasma,
não sem antes relançar toda a coleção prévia, “remasterizada com som digital” e
com novas cenas modeladas em computador, quer dizer, efeitos especiais de
última geração. Depois de intensa propaganda, veio o filme, absolutamente
espantoso em termos de qualidade, inaugurando uma nova era, tal como o episódio
IV tinha dado início a uma série de projetos paralelos.
Do IV ao V foram
três anos, do V ao VI três anos, mas do IV ao I foram 14 anos. E desde o VI oito
anos. De forma que foi tudo muito bem planejado, e ele vem faturando
centenas de milhões de dólares em bilheterias de cinemas de todo o mundo, nos videocassetes,
agora nos DVD’s e nas Tevês, que passam os filmes repetidamente. Sem falar nos
bonecos, na propaganda, nos livros, etc.
Deixou cozinhar bem
o mito na cabeça dos pais e relançou para os pais e os filhos.
Agora, em 2002,
julho no Brasil, vem o episódio II, A
Guerra dos Clones, com um assunto bem atual, que mete medo na maioria das
pessoas, a clonização, a substituição do “trabalho de Deus”, a Criação, e os
perigos relativos a ela.
Depois, em 2003,
deverá vir o episódio III, que completará os seis. Estaria terminado? Só se ele
quiser assim, o que será uma pena, e um sinal de burrice, que não devemos
esperar dele. Pois pode perfeitamente continuar com o episódio O, Prelúdio, digamos, mostrando os começos
da República, e antes ainda Os Primeiros
Tempos, com o encontro das raças que a constituem. E assim sucessivamente.
Ou pode realizar o
episódio VII, mostrando o que aconteceu depois – todos estamos curiosíssimos.
Teria a vida racional da Terra vindo dos restos de um Império Decaído? Ou a
Terra deu origem aos humanos da série, estando nas origens? Que caminho ele
escolherá? E os episódios VIII, IX, X, etc.
Caso queira, ele ou
seus herdeiros (mas ele deve ter uns 20 ou 30 anos de vida, pelo menos), podem
ocupar o horizonte de duas gerações de 30 anos, 60 anos, de 1977 a 2037, com
supercomputadores cada vez melhores. Primeira geração, de 1977 a 2007, daí um
interlúdio, depois refilmagem dentro de 20 anos, de 2027 para frente, com os
novos recursos. Ficarão bilionários, com toda certeza.
E tudo começou com
uma “brincadeira”, um filme que parecia não ter maiores pretensões, mas
transformou-se numa mina de ouro, num veio inextinguível, pelo gênio dessa
única pessoa.
E depois há os que
perguntam pelo papel dos gênios na história. É esse, o de criar todo um novo
modo de pensar e de fazer, de agir, de conduzir gerações por um novo caminho,
onde quer que trabalhem.
Vitória,
quinta-feira, 18 de abril de 2002.
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