Falando
Mais Sobre as Duas Belezas
AS
DUAS BELEZAS
A PRÓXIMA.
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A DISTANTE.
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Conceitual, interna.
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Formal, externa.
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Quem olha o coração não se importa com a
cara.
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Quem vê cara não vê coração.
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Toda uma vida de notícias, continuidade da
bondade.
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Falta de notícias, não vamos além da pele e
do gestual enganador.
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Esta é íntima, exige e oferece proximidade,
convivência, dia-a-dia, rede de confianças.
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Esta é objeto de orgulho (poder, beleza
superficial, riqueza, fama/prestígio/glória).
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Esta oferece.
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Esta retira.
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Esta é carinhosa, amorosa.
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Esta é mercenária, paga, prostituta.
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Beleza deferente, entrega.
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Orgulho da beleza exigente.
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Demanda proximidade.
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Oferta de distância.
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De dentro para fora, dá.
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De fora para dentro, consumo.
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Enfim, uma é do bem, outra é passageira,
termina num ponto qualquer da vida, adoece e morre (mesmo quando tentam de tudo
para mantê-la, de plástica a botox e todo tipo de artifício). A chamada “beleza
interior”, a beleza de alma é cultivo de serviço ao próximo, ao passo que a
externa é cultivo de si, serviço alheio ao ego. A viciante beleza do orgulho
consome a si e a tudo em volta, enquanto a beleza d’alma é construtiva, como
quando São Paulo fala ou, aí já é o absoluto, quando Cristo diz.
Vitória, sexta-feira, 2 de dezembro de 2016.
GAVA.
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