Deu
um Carro
No supermercado a menina do caixa e os
embaladores conversavam sobre o avô generoso que deu ao neto estudioso um carro
por ele ter passado no vestibular, em geral da UFES, que é federal e gratuita
para quem cursa, não para o povo (a universidade tem terceiro orçamento do ES:
primeiro o governo estadual, depois o governo municipal de Vitória – ¼ daquele
-, depois a instituição, poucos sabem disso, procure saber, busque informações
sobre o orçamento dela para o pouco que
produz de pesquisa & desenvolvimento, quase nada).
Sei, de nosso amigo DZ nos dizer, que ele
gastava por mês 5,0 mil com a filha B quando cursava medicina na EMESCAN:
calcule que são seis anos, 72 meses vezes 5,0 (72 x 5,0 =), 360 mil, fora dois
anos de residência.
Eu mesmo, quando vim fazer engenharia sem
conseguir, passei na UFES, meus pais não teriam podido pagar, nem me enviar
para fora do estado, só existia esse.
Diz na Web “carro popular 2015 até 30 mil”,
1/12 do que os parentes gastariam se fosse medicina. Os funcionários estavam
admiradíssimos com a generosidade do avô. Na realidade nós, o povo (we are the
people), estamos pagando o carro e ainda outros 11 do mesmo tipo.
No Brasil são as elites que são financiadas.
Enquanto isso, em toda parte (deveriam fazer um estudo comparado, fiel até o
detalhe, dessa distorção) os fracos e comprimidos são ajudados e amparados,
aqui são os fortes e compressores.
Todas essas injustiças devem ser revistas e
terminadas.
Serra, segunda-feira, 16 de novembro de 2015.
GAVA.
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