Desenterrando
Celso
O livro Celso Daniel (Política, corrupção e
morte no coração do PT), Rio de Janeiro, Record, 2016, de Silvio Navarro é uma
reportagem sobre o assassinato do prefeito Celso Augusto Daniel (1951-2002;
curiosamente muitos dos envolvidos em corrupção eram ou são engenheiros da
mesma faixa de idade), ocupou o cargo por três vezes, a última das quais de
1997 a 2002, período incompleto, foi assassinado antes de terminar o mandato.
Foi ele o imaginador do esquema de corrupção
que desviava dinheiro para o partido, que o espalhou por todo o Brasil durante
os oitos anos de Lula, de 2002 a 2010, e de os seis de Dilma de 2010 a 2016,
criando o caixa 2; com a evolução da violência anti-Estado, criaram caixa 3,
particular, o que levou às dissenções.
CELSO
E O PROTÓTIPO
(o estudo disso atravessará as décadas)
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CELSO DANIEL.
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SANTO ANDRÉ.
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Corrupto e professor.
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![]()
Fica na região metropolitana de São Paulo.
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Prefeitura de Santo André.
Celso Augusto Daniel (01/01/1989
a 31/12/1992, 01/01/1997 a 31/12/2000 e 01/01/2001 a 20/01/2002)
![]() Nasceu a 16/04/1951, em Santo André. Era engenheiro de formação, mas sempre esteve envolvido com a política. Seu primeiro cargo público foi no Departamento de Trânsito da Prefeitura de Santo André, entre 1974 e 1978. Concorreu à Prefeitura pela primeira vez, em 1982, sem êxito. Voltou a candidatar-se em 1988, saindo-se vitorioso. Sua primeira gestão foi de 1989 a 1992. Em 1993, foi eleito deputado federal, permanecendo no cargo de 1994 a 1996. Em 1996, foi reeleito para seu segundo mandato – 1997 a 2000. Para seu último mandato (2001-2002) foi eleito com 70,13% dos votos. Era professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas. |
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Tudo que foi feito em 14 anos de Lula-Dilma
teve precursor: Celso Daniel roubava para o partido, era ladrão de qualquer jeito,
criou o primeiro dos propinodutos no Brasil.
OS MORTOS DO CASO (pensei em colocar
as fotos, mas você pode pegar na Internet)
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Veja
Perderam a conta? Então
anote aí:
1) Celso Daniel:
prefeito. Assassinado em janeiro de 2002.
2) Antônio Palácio de
Oliveira: garçom. Assassinado em fevereiro de 2003.
3) Paulo Henrique [da
Rocha] Brito: testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003.
4) Iran Moraes Rédua:
reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado – dezembro de 2003.
5) Dionízio Severo [foi
posto na penitenciária onde ficavam seus inimigos jurados, “uma unidade
dominada por inimigos”, diz o livro]: suposto elo entre quadrilha e Sombra.
Assassinado – abril de 2002.
6) Sérgio Orelha: amigo
de Severo. Assassinado em 2002.
7) Otávio Mercier:
investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8) Carlos Delmonte
Printes [morreu de overdose de remédios, aos quais era avesso]: legista
encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
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Não foram só esses (descontando o Celso,
teríamos, derivados dele):
8º)
Sérgio Gomes da Silva (Sérgio Sombra), 59 anos, de falência hepática, suposto
mandante do crime, em 27/09/16;
9º)
a advogada do PCC, Primeiro Comando da Capital, Maura Marques “morreria em
julho de 2009”.
Diz o livro: “No dia 31 de março de 2016,
depois de Meire [Poza] ter revelado muitas informações à força-tarefa da Lava-Jato,
seu escritório foi incendiado”.
Em 2016 Celso Daniel foi desenterrado pela Operação
Lava-Jato e está ativo, incriminando Lulambão e asseclas do PT. É mais
do que o pequeno tempo permite, alguém que alinhe tudo. Em todo caso a chance de
ter sido tudo ao acaso é 1 / 28 (são nove, mas o alinhamento de dois
pontos não conta) = 1 / 256, menos de quatro milésimos. É certo que foi
conspiração.
Enfim, mais uma para a cova de Lularápio.
Vitória, segunda-feira, 12 de dezembro de
2016.
GAVA.



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