segunda-feira, 12 de dezembro de 2016


Desenterrando Celso

 

O livro Celso Daniel (Política, corrupção e morte no coração do PT), Rio de Janeiro, Record, 2016, de Silvio Navarro é uma reportagem sobre o assassinato do prefeito Celso Augusto Daniel (1951-2002; curiosamente muitos dos envolvidos em corrupção eram ou são engenheiros da mesma faixa de idade), ocupou o cargo por três vezes, a última das quais de 1997 a 2002, período incompleto, foi assassinado antes de terminar o mandato.

Foi ele o imaginador do esquema de corrupção que desviava dinheiro para o partido, que o espalhou por todo o Brasil durante os oitos anos de Lula, de 2002 a 2010, e de os seis de Dilma de 2010 a 2016, criando o caixa 2; com a evolução da violência anti-Estado, criaram caixa 3, particular, o que levou às dissenções.

CELSO E O PROTÓTIPO (o estudo disso atravessará as décadas)

CELSO DANIEL.
SANTO ANDRÉ.
Resultado de imagem para celso daniel prefeito periodo santo andre
Corrupto e professor.
Fica na região metropolitana de São Paulo.
Prefeitura de Santo André.
Celso Augusto Daniel (01/01/1989 a 31/12/1992, 01/01/1997 a 31/12/2000 e 01/01/2001 a 20/01/2002)
celso-augusto-daniel
Nasceu a 16/04/1951, em Santo André. Era engenheiro de formação, mas sempre esteve envolvido com a política. Seu primeiro cargo público foi no Departamento de Trânsito da Prefeitura de Santo André, entre 1974 e 1978. Concorreu à Prefeitura pela primeira vez, em 1982, sem êxito. Voltou a candidatar-se em 1988, saindo-se vitorioso. Sua primeira gestão foi de 1989 a 1992. Em 1993, foi eleito deputado federal, permanecendo no cargo de 1994 a 1996. Em 1996, foi reeleito para seu segundo mandato – 1997 a 2000. Para seu último mandato (2001-2002) foi eleito com 70,13% dos votos. Era professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas.
 

Tudo que foi feito em 14 anos de Lula-Dilma teve precursor: Celso Daniel roubava para o partido, era ladrão de qualquer jeito, criou o primeiro dos propinodutos no Brasil.

OS MORTOS DO CASO (pensei em colocar as fotos, mas você pode pegar na Internet)

Veja
Perderam a conta? Então anote aí:
1) Celso Daniel: prefeito. Assassinado em janeiro de 2002.
2) Antônio Palácio de Oliveira: garçom. Assassinado em fevereiro de 2003.
3) Paulo Henrique [da Rocha] Brito: testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003.
4) Iran Moraes Rédua: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado – dezembro de 2003.
5) Dionízio Severo [foi posto na penitenciária onde ficavam seus inimigos jurados, “uma unidade dominada por inimigos”, diz o livro]: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado – abril de 2002.
6) Sérgio Orelha: amigo de Severo. Assassinado em 2002.
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8) Carlos Delmonte Printes [morreu de overdose de remédios, aos quais era avesso]: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.

Não foram só esses (descontando o Celso, teríamos, derivados dele):

8º) Sérgio Gomes da Silva (Sérgio Sombra), 59 anos, de falência hepática, suposto mandante do crime, em 27/09/16;

9º) a advogada do PCC, Primeiro Comando da Capital, Maura Marques “morreria em julho de 2009”.

Diz o livro: “No dia 31 de março de 2016, depois de Meire [Poza] ter revelado muitas informações à força-tarefa da Lava-Jato, seu escritório foi incendiado”.

Em 2016 Celso Daniel foi desenterrado pela Operação Lava-Jato e está ativo, incriminando Lulambão e asseclas do PT. É mais do que o pequeno tempo permite, alguém que alinhe tudo. Em todo caso a chance de ter sido tudo ao acaso é 1 / 28 (são nove, mas o alinhamento de dois pontos não conta) = 1 / 256, menos de quatro milésimos. É certo que foi conspiração.

Enfim, mais uma para a cova de Lularápio.

Vitória, segunda-feira, 12 de dezembro de 2016.

GAVA.

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