A Luta pela Posse
Veja a fórmula F = G
m1.m2/d2.
Dois objetos
produzem equilíbrio (que chamei de empate) gravitacional quando suas forças são
iguais, por exemplo, F (T) = G. m (t). m (o)/T2 = G. m(s).m(o)/S2
= F(S), sendo m(t) a massa da Terra, m(o) a massa do objeto, m(s)G a constante
gravitacional (que vale 6,67.10-11 m3/s2.kg,
desaparecendo no cálculo), T a distância da Terra ao objeto, e S a distância do
Sol ao objeto, os três alinhados.
Se colocarmos um
terceiro objeto entre o Sol e a Terra, independentemente da massa (pois na
fórmula as duas dimensões vão se anular), ficamos com F (T) = F (S) = 1, que é
o equilíbrio ou empate. Ou seja, S = T.√ k, sendo k = m (s) /m (t). A massa do
Sol é de 1,99. 1030 kg, enquanto a da Terra é de 5,98. 1024
kg, resultando um valor de k (S/T) = 3,33. 105, e √ k = 576,87. Para
a distância da Terra ao Sol, de 150 milhões de quilômetros, uma unidade
astronômica, UA, a soma S + T = 1,5. 1011 m. Se o objeto é a Lua, a
distância Terra/Lua é de 384 mil quilômetros, em média, que é insignificante
perto da UA, 2/1000, e pode ser desprezada.
Se segue que S =
577.T, isto é, o empate entre os dois pontos Sol e Terra (que sempre podem ser
alinhados; mas o terceiro ponto, Lua, não, entraríamos num problema de três
corpos) se dá a uma distância 577 mais longe do Sol que da Terra, ficando bem
próximo desta, para qualquer objeto, definindo um ponto, uma linha, um plano e
um espaço de exclusão, onde se dá a dominância
ou empate conceitual da Terra. Veja que não se trata de um empate formal,
pois os três corpos alteram continuamente suas posições relativas, cinética e
rotacionalmente. Não é dominância ou empate formal.
Então S + T = (577 +
1) T = 578.T = 1,5. 108 km, donde T = 2,60. 105 km, quer
dizer, em torno de 260 mil km. Isso fica DENTRO DA ÓRBITA DA LUA, que vai da
máxima, 406 mil km, à mínima, 363 mil km. Devemos concluir que a Lua é um satélite
do Sol, e não da Terra, ficando fora do espaço de influência desta.
No livro de André de Cayeux e Serge Brunier, Rio de Janeiro, Francisco Alves,
1985, página 56, eles dizem: “Satélite excepcional:
o único para o qual a atração do Sol é maior que a do planeta respectivo”,
itálico no original, colorido meu. A Barsa eletrônica refere que a Lua tem
massa superior a um por cento da massa da Terra, caso único no sistema solar.
De fato, a massa da Lua é de 7,36. 1022 kg, enquanto a da Terra é de
5,98. 1024 kg, como vimos acima, pelo que a razão m (T) /m (L) =
81,25/1, ou 1,23 %. Os dois autores dizem ainda: “Único cujo momento cinético é
maior que o planeta: 4 vezes maior”.
A Lua está, em vista
disso, se afastando constantemente da Terra, e a única coisa que a mantém por
aqui é a translação, o fato de que ela sai fora da linha que apenas
momentaneamente a liga ao Sol. Se ela ficasse parada (o que não é possível,
devido aos princípios do campartícula conjunto gravinercial), teria ido embora
há muito tempo.
Vejamos os outros
planetas.
PLANETA DISTÂNCIA
DO EMPATE
(Medida desde o planeta, em 103
km)
Mercúrio 23,70
Vênus 168,75
Terra 260,52
Marte 129,29
Júpiter 23.328,96
Saturno 22.507,89
Urano 18.820,56
Netuno 32.121,05
Plutão 1.022,59
Isto é medido desde
o centro de massa.
Os satélites Pasífaa
e Sínope estão a 23.500 e 23.700 mil km de Júpiter, mas é por suas distâncias
médias, e ainda faltaria diminuir o raio de Júpiter, 71,5 mil km; altera muito
pouco, mas soma. Mesmo assim, estão no limite.
Quanto a Saturno, o
último referido pelos dois autores é Febe, situado a 12.960 mil km, portanto
bem para dentro.
Veja só que coisa
interessantíssima, temos com a Lua.
Um satélite que gira
em torno da Terra, mas é na verdade satélite do Sol, está preso à sua
gravidade, e não à nossa, situando-se fora do domínio gravitacional da Terra.
Ele não pode ter se formado da mesma nébula ou nuvem que nosso planeta ou NUNCA
teria saído da dependência dele. Conseqüentemente, é estranho, é de fora, foi
trazido por algum evento estranho. Os
astrônomos e cosmólogos dizem que a Lua é um planeta-irmão da Terra. Pode ser,
mas em todo caso é um irmão adotado, sabe-se lá quando.
Em todo caso, como
vimos em Atratividade das Órbitas,
Livro 2, a Lua segurou um punhado de meteoritos destinados à Terra. Como, pelos
materiais trazidos e datados, as rochas da Lua têm, segundo os autores, 4,56
bilhões de anos, significa que: 1) ou ela foi atraída nessa época (tendo sido
formada em outro lugar, dentro ou fora do sistema solar), ou 2) foi atraída em
qualquer época intermediária.
Essa conjuntura de a
Lua não ser de fato satélite senão conjuntural da Terra arrasa a hipótese de
uma estrela ter passado pelo sistema solar e desmembrado um corpo único em
dois, Terra e Lua. Eles nunca fizeram parte do mesmo conjunto gravinercial.
NUNCA. É um caso realmente extraordinário, único, de um suposto satélite
planetário ser realmente satélite do dominante central.
E essa coisa é um
poderosíssimo argumento antrópico, que favorece a presença humana, quer dizer,
de que tudo foi preparado, senão por Deus, diretamente, por fantásticas
conjunções de fatores cosmológicos/astronômicos.
É um assombro total!
Vitória,
quinta-feira, 30 de maio de 2002.
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