Visão Búdica
Quando Buda (Sidarta
Gautama, Índia, século V a.C.) foi iluminado, o que aconteceu?
Veja que a
mesopirâmide (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES:
municípios/cidades, estados, nações, mundo) é um trânsito – adiantamento e
subida, patamar após patamar -, tudo significando congregação, reunião em
níveis cada vez mais altos de sabedoria e capacidade de construção, formando
células cada vez mais complexas. Como indivíduo Buda não poderia ter subido
todos os degraus, completando todas as razões, porque elas são complexas demais
para qualquer um, mesmo ele.
Veja também que o
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática) geral é composto de oito vértices e um centro,
pelo lado da pontescada tecnocientífica, seção da pontescada científica
(Física/Química, biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5,
Dialógica/p.6) implicando a continuação de minuciosas pesquisas &
desenvolvimentos teóricos & práticos, que nenhum ser humano poderia
percorrer desde o início. Ora, mesmo Jesus, ESTANDO NO CORPO, é humano, segundo
a teoria das duas naturezas, portanto humanamente limitado.
Então, nem no caso
de Jesus nem no de Buda nem de qualquer outro iluminado, EM NENHUM CASO foi
pelo lado da razão. Com isso sobra apenas o sentimento, o inconsciente. Vemos
no modelo que a Natureza caminha para ser na Tela Final Deus, que se torna de
novo Natureza, para ser completo e total. Já chegamos à conclusão de que pelo
menos NUM CASO, o deste universo no pluriverso inteiro, está demonstrado que há
Deus, por haver Natureza, quer dizer, há um Plano da Criação ou Desenho de
Mundo, como prefiro dizer.
O que Buda viu?
Temos
sentidinterpretadores externinternos, olho-de-fora e olho-de-dentro, ou seja,
sentidos externos e interpretadores internos. Olhando com os olhos, sentindo
com os sentidos de fora ele veria e sentira as mesmas coisas que todos vêem e
sentem, lá na sua época, dois e quinhentos anos passados. Os sentidos externos
são limitados, porisso não pode ter sido pelos sentidos externos - então
NECESSARIAMENTE ele os fechou, bloqueou-os e olhou para dentro. Acontece que
“dentro” não há nada, não podemos ver nossos órgãos, tecidos, células, replicadores,
nem adiantaria se os víssemos. Esse “dentro” deve significar o inconsciente.
Não há tempo hábil
que dê para investigar todo o desdobramento do imenso, incomensurável Plano da
Criação, com todas as suas linhas de programação, enfim, ele não “roda” em
nenhuma consciência humana atual, muito menos de dois mil e quinhentos anos
atrás, por mais respeito que tenhamos por Buda.
Assim sendo, devemos
concluir que Buda OLHOU DIRETAMENTE PARA NATUREZA/DEUS, Ela/Ele, ELI, isto é,
extraiu de ELI toda a compreensão, fundindo-se com ela, mirando o não-finito,
observando a Tela Final onde ELI está postado (a).
Como fez isso?
Não pode ser amarrando-se às imagens
que estavam à sua volta, PORQUE ELAS NÃO SÃO TODAS AS QUE PODEM EXISTIR;
poderiam existir infinitas modelações ou variações imaginárias em todos os
mundos racionais do universo e do pluriverso. Então, evidentemente, ele olhou
os conceitos, as equações contidas no que está sendo chamado Teoria de Tudo (na
Física), mas entãolá ou láentão TTM, Teoria de Tudo, Mesmo (para todo o
Conhecimento). Ele obteve diretamente da Fonte um super-resumo, uma condensação
formidável, bem compacta mesmo, daí o sentimento de exultação. Mas essa
compactação, para caber num cérebro humano, deve ser MUITO COMPACTA, bem
resumida de fato, e é quanto basta para saber que as coisas são uma só, como
dizem os místicos.
E isso é a Visão Búdica. Pode-se
chegar a ela, mas é o Fim do Jogo, Game Over, perde-se o interesse – porém, de
qualquer forma, fica depois um mundo por construir.
Vitória, segunda-feira, 07 de abril de
2003.
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