Vendo o Povo
Brasileiro
Olhando o povo
brasileiro, quem hoje em dia pensaria poder ter ele um grande destino no
futuro? Mas, olhando os supostos grandes de hoje no passado, quem poderia
sustentar há 300, 500, mil e quatrocentos anos atrás que suecos, franceses,
noruegueses, canadenses chegariam a qualquer lugar?
O que é o povo
brasileiro hoje?
Uma quantidade de
esfarrapados que produzem poucas patentes em relação a outros países do mundo,
que quase nada de arte relevante oferecem, que não são grandes exportadores ou
importadores, sem nenhum prêmio Nobel, sem nada de que a humanidade necessite
desesperadamente, pelo menos na superfície, evidenciadas as coisas, publicados
os conhecimentos. Que povo chinfrim, meu Deus! Que elites estúpidas!
Não obstante, pela
simples analogia das posições, porque outros que no passado foram pequenos ante
os romanos, os persas, os chineses, os egípcios, os babilônicos, os sumerianos,
até os maias, os astecas e os incas, se levantaram a alturas muito mais
elevadas, podemos contar que o mesmo acontecerá com estes daqui e de agora.
Além disso, há a
difícil reunião de quatro raças (branco-européia, negro-africana,
amarela-asiática e vermelha-americana) que, uma vez processada, renderá
formidáveis frutos.
E andando por aí vejo
o jeito de ser do povo, à espera de elites de certa grandeza mínima, de massa
crítica suficiente para disparar as mudanças. Vejo os gestos, ouço as palavras,
sondo as expectativas, descubro intenções que poderiam se projetar em
novidades.
Um mal comprador,
vendo por fora só a casca, daria pouco valor, rejeitaria. Um comprador melhor,
olhando por debaixo da sujeira, descobriria minas de ouro e prata, de platina e
diamantes e outras pedras preciosas. Basta olhar e ver.
Vitória,
segunda-feira, 03 de março de 2003.
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