Superioridade
Intelectual
Dado que a
inteligência é estrutural e não pode ser aumentada pelos meios triviais, o que
dá superioridade intelectual a PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos, empresas)
e AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo)? Só pode ser a
vontade de fazer (que vem do SER: memória, inteligência e controle) e de TER
(matéria, energia, informação). No plano dos ambientes isso é chamado de
“vontade política”. No plano pessoal é a vontade pessoal.
Não é a mesma coisa
que objetivo, pois este pode ser imposto de fora e não resultará tanto, como se
viu na ex-URSS e em tantos lugares. Na Psicologia (figuras ou psicanálises,
objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou
sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) geral vem antes dos objetivos, vem
das figuras mesmo, os agentes que estão presentes, o cerne dos desdobramentos
psicológicos.
Centremo-nos, pois,
nas figuras.
Chamemos a isso
VONTADE DE FIGURAR, de ser. Ora, se no SER a inteligência não pode ser acrescida,
a memória sim, e com ela, relativamente menos, o controle. A memória é assim o
distintivo, o que altera as condições de dois serem, em tudo o mais, iguais.
Sejam A e A’: A’ prosperará mais juntando memória e esse é o começo daquilo que
Bacon denominou “saber é poder”.
Existe o saber
primário, que é a memória, e o saber acrescido pela inteligência. Inteligências
iguais, operando sobre memórias distintas, farão coisas diferentes. Para
inteligências iguais, A’ operando MAIS TEMPO, MAIS CONSISTENTEMENTE, com maior
necessidade de tirar das memórias (velhas inteligências) inteligências (novas
memórias), acabará por acrescer novos fatos, que somados aos anteriores lhe
dará I’, depois I’’, I’’’ e assim por diante. A’ pode chamar então outras
inteligências e assim ir de fato adquirindo superioridade intelectual, obtendo ∫
I, a integração das inteligências, exponencializando rapidamente, como fez Bill
Gates – ele nem precisava ser muito esperto, só ter uma vontade poderosa, uma
necessidade tremenda de conseguir as coisas, de ir sempre em frente, vencendo
os desafios, contratando do meio os seres e os teres de que necessitava. Então
começa a escalada, que A jamais conseguirá alcançar.
Porisso pessoas mais
inteligentes não ficam tão ricas, nem tão famosas, nem produzem tanto quanto
outras menos dotadas, PORQUE não se esforçam tanto. A inteligência não é tão
importante, vejam quantas crianças precoces dão em nada. A vontade de vencer é
mais importante, é mesmo fundamental.
Vitória,
quinta-feira, 06 de março de 2003.
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