Registros
Subterrâneos
N’O Livro de Ouro dos Mistérios da
Antiguidade (Os Maiores Enigmas da História da Humanidade), 3ª. Edição, Rio
de Janeiro, Ediouro, 2001, p. 495, os autores Peter James & Nick Thorpe
dizem:
“Ela (Omm Seti)
também fez repetidas vezes outra alegação sobre o templo: de que sob ele existe
uma câmara mortuária secreta, contendo
uma biblioteca de registros históricos e religiosos. Se descoberta, seria
uma sensação arqueológica capaz de fazer o túmulo de Tutancâmon parecer
insignificante. Infelizmente, até agora ninguém parece ter seguido a indicação
para procurá-la”, negrito meu.
SETI foi faraó de
cerca de mil e trezentos antes de Cristo.
Por quê os
arqueólogos não vão lá?
Há uma série de
razões, que tentarei pensar:
1. Essa besta “reputação acadêmica” que
os intelectuais tanto prezam, como fonte de prestígio e de ganhos, de fama
social, enfim. Para contornar COLOQUEM UM JOVEM SEM REPUTAÇÃO NENHUMA A PERDER;
2. A falta de recursos para uma
investigação tão ampla, relativamente, ainda que o apontamento de Omm Seti seja
bem preciso. Pensem no encontro de um dicionárienciclopédico antigo, digamos de
Atlântida. Se não existe, tudo bem, já não o temos, mas só a chance de obtermos
já valeria qualquer sacrifício, mesmo se, como os macacos, descobríssemos que
os primeiros tinham outras feições;
3. A subversão civilizatória, de
descobrir realmente que Atlântida existiu, e que a humanidade verdadeiramente é
jovem num universo muito velho, onde essa (e presumidamente muitas outras)
civilização surgiu e desapareceu;
4. A possibilidade de, de fato e com
provas, uma civilização desaparecer, com os efeitos de susto geral que isso
provocaria, e vários outros motivos, não sei.
Aqui do outro lado ficamos nós, não
apenas sem uma coisa que revolva o fundo lodoso da paradeira geral, como
principalmente sem tal conhecimento potencial, mesmo se “apenas” hieróglifos,
bibliotecas egípcias, não-atlântidas fossem descobertas (literalmente) da areia.
Imagine se por lá estiver alguma biblioteca antiga e se lá ou em outros lugares
puderem ser descobertos cópias dos livros queimados em Alexandria. Não te
emociona? Não basta para revirar do avesso qualquer escrúpulo idiota dos
intelectuais sifilíticos?
Irritam-me profundamente os obstáculos
que os pruridos preciosistas deles interpõe ao avanço das pesquisas e ao
desnudamento necessário, fundamental, de todo conhecimento antigo. Só de pensar
que tais impedimentos estão evitando a vivificação dos horizontes acadêmicos,
que tais revelações poderiam promover, fico arrepiado e revoltado. A celeuma, o
burburinho gratificante, o ímpeto renovado - de tudo isso nós precisamos. VÃO
LOGO E FAÇAM, caramba!
Vitória, sexta-feira, 11 de abril de
2003.
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