segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017


Planejamento Governamental Contínuo

 

                            Se há a chamada “grita” (gritaria), no dizer do povo, os governos re-agem, agem DEPOIS do povo ou das elites. São governos DE RESPOSTA e não de perguntas. Respondem quando há inquietações. Respondem aos pleitos que inauguraram a modernidade, ainda, ao que era requerido antes de 1789: hospitais, escolas, pontes, estradas, todas as trivialidades.

                            Esperaríamos que estivessem buscando o futuro e não o passado, que estivessem fazendo o de depois e não o de antes. Para onde iremos, dado que o passado está morrendo? O presente é essa frágil linha na qual atravessamos o abismo do passado ao futuro. Se através dos tributos pagamos no dizer popular “uma baba” ao consórcio governamental, porque não temos lá gente empenhada nas buscas mais intensas de alternativas?

                            Os governantes deveriam estar se perguntando: “o que devemos fazer para propiciar novas linhas de vida e realização? ” Como inventar novidades? O que trazer do mundo? Seis bilhões de indivíduos, um e meio bilhão de famílias, centenas de milhões de grupos, centenas de milhões de empresas, vários milhões de bairros e distritos, centenas de milhares de municípios/cidades, milhares de estados e províncias, 220 nações no mundo fazem muita coisa, todo o tempo, e eu nunca vi, nem soube de governantes do Executivo, de políticos do Legislativo e de juizes do Judiciário empenhados em mostrar as possibilidades ao provo e às elites brasileiras. Assentam suas bundas gordas nas cadeiras em salas refrigeradas e continuam nas comodidades, repetindo o passado e levando-nos com isso às crises, que essencialmente advém da falta de inovações.
                            Vitória, quarta-feira, 05 de março de 2003.

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