Pastilha
Forte
Existia a Pastilha Forte,
retangular e branca, da Garoto – era bala de hortelã pimenta
que parecia refrescar a língua, as pessoas chamavam de “geladeira de pobre”.
Barata, talvez um real hoje, era muito legal. A Nestlé comprou a firma capixaba
e foi aumentando os preços de todos os produtos.
O FORTE DA PASTILHA
ERA A FÓRMULA
(passaram a obrigar a colocar os ingredientes, mas não as proporções)
Não é dessas pastilhas que quero falar, é
daquelas de fachada de prédio. Antigamente eram coladas uma a uma, trabalheira
danada, depois alguém esperto colou-as num papel, este por sua vez colado na
parede, vem em grandes placas, que são cortadas na medida das necessidades.
Reparei que sempre coincidem com as colunas, nem faltando nem sobrando, ficando
justo em quantidade, não havendo frações, exceto nas áreas triangulares,
redondas, losangulares – enfim, não quadradas nem retangulares -, sinal que as
colunas são preparadas para elas. Ficam bem na fita, as pastilhas, e são fortes,
permanecem por longo tempo, exceto onde a colocação é malfeita.
Você acredita que ninguém se interessou por
contar a evolução-revolução das pastilhas através da geo-história?
Pois é.
As pastilhas provavelmente vêm desde o Egito
e Suméria e agora são extraordinárias, tendo em potência e liberdade de uso ultrapassado
largamente seu parente mais antigo, o azulejo. Tornaram-se o xodozinho dos
arquitetos, que com elas podem fazer todo tipo de arranjo.
A
FORÇA DAS PASTILHAS
Proteção por longo tempo.
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Composições geniais.
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A GH delas poderia, inclusive, ser publicada
nos jornais populares.
Vitória, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017.
GAVA.
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