Os Pequenos Diminuem
a Emanação
Os judeus cabalistas
chamam de “emanação”, o que procede de, o que emana, o que sai, e eu, pela Rede
Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas,
no Livro 30), apelidei de “saição”, um neologismo que revalida a percepção de que
é algo saindo de uma cornucópia – abundantemente.
Emanação a partir de
Deus, o supremo autor, digamos assim.
O universo emanado
dele.
Não quero elevar a
discussão a esse ponto e sim prender-me agoraqui à saição que vem dos grandes
autores, os gênios, os criadores, pelos seus textos originais, lendo-se da
fonte (mesmo traduzida), pois deles emanam coisas formidáveis. Sempre vi com
certo desprezo os comentários dos autores menores, porque castram justamente
esse poder de renovação. Entrementes, também amo esses seguidores ou comentaristas,
pois deles também emana - de qualquer pequena frase saindo tanto.
Por vezes uma frase,
até uma palavra dá lugar a desdobramentos sem conta, e é com prazer que as vejo
rasgando o véu que nos separa da realidade mais profundas. Mínimas alterações
no foco da visão possibilitam a re-nov/ação, ato permanente de re-novar, de
tornar novo. Essa epifania, esse súbito tirar o véu, é em busca do que estamos
todos e cada um, e ele tanto pode resultar das tarefas dos grandes quanto das
dos pequenos. É claro que o que separa os primeiros dos segundos é que aqueles
produzem muito mais que estes, mas estes podem ter extremos estados de lucidez,
às vezes até sem o saber, até que chegue alguém e o mostre.
Vitória,
quarta-feira, 30 de abril de 2003.
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