domingo, 5 de fevereiro de 2017


O Valor da Diversificação

 

                            Imagine meia dúzia de seres humanos primitivos atravessando uma tempestade: poderíamos ter terminado nossa linha de vida coletiva, que deu depois em seis bilhões, ali mesmo. Agora que os seres humanos estão espalhados em todos os continentes (até na Antártica), ficou muito mais difícil cortar essa linha. Os outros terem idéias diferentes das nossas, até opostas, é garantia de sobrevivência. Quando passam a existir mais empresas os empresários estão mais protegidos. A multiplicação e a diversificação são coetâneas, coevas, de mesma idade, e aparentadas. Quando Deus disse: “crescei e multiplicai-vos” queria dizer também: “crescei e diversificai-vos”.

                            Diversificar é a ordem central.

                            Porisso não dá para entender quando alguém deseja obstaculizar essa diferenciação.

                            A inventividade é o nome nobre da variabilidade, a vontade por trás dela. Sem inventividade todas as notas de dinheiro seriam igualzinhas, os hospitais teriam os mesmos procedimentos, os centros de compras seriam réplicas uns dos outros – pense só que desastre mental. Todas as músicas seriam uma só, sem a abundância presente.

                            Quando alguém está inventando, está resolvendo problemas, está nos dando futuro, está reafirmando nossa descendência, em todos os sentidos. Porisso eu não aceito nada essa tendência ao exclusivismo de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo).

                            Uma vez um dos meus irmãos quis evitar a colocação do Posto Pianna bem perto do que temos em Linhares. Não conseguiu e ali exatamente começaram as desgraças que sucessivamente nos atingiram.

                            Vitória, quinta-feira, 06 de março de 2003.

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