O Povo Aumenta
Diz o ditado que “o povo aumenta, mas não inventa”.
Vejamos o que
podemos tirar daí.
Primeiro,
em qualquer AMBIENTE (município/cidade, estado, nação e mundo) e em quase todas
as PESSOAS (indivíduo, família, grupo e empresa) podemos ver povo e elites, por
exemplo, povo e elites urbanas, naturalmente muito mais povo que elites, dado
que estamos no modo Capitalista (Escravismo, Feudalismo, Capitalismo,
Socialismo, Comunismo, Anarquismo) políticadministrativo de terceira onda.
Se não é o povo que
inventa, QUEM INVENTA?
Sobram as elites -
por conseguinte são as elites que inventam. Como as elites têm MUITO MAIS em
contingente igual (tipicamente 20 % da nação detêm 80 % da renda, ou mais), podemos
dizer que a fonte da riqueza das elites
vem da capacidade delas de inventar. Tal competência para inventar deve ser
a origem e o delimitador do poder acrescido das elites.
Além disso, está
dito que O POVO AUMENTA, neste sentido de ser fofoqueiro, de propagar, de
disseminar; devemos ter o maior cuidado sobre o que comunicamos ao povo, porque
certamente será aumentado, multiplicado, até muito multiplicado. Sobre qualquer
coisa inventada ele acrescerá bastante. E ao contrário, olhando para o passado,
para toda notícia propagada e não escrita, de fonte oral popular, devemos dar
grandes descontos. Qualquer pequeno boato inventado pelas elites e entregue ao
povo será transformado num monstro, ou seja, qualquer falsificação pelas elites
será transformada numa mentira fantástica. Imagine quanto das lendas e mitos é
aumento popular!
Por outro lado,
podemos tomar o AUMENTAR popular como sendo um multiplicador via trabalho –
neste sentido temos a mais-valia, de que vive o INVENTAR das elites. O inventar é o extrator por excelência do
aumentar.
Enfim, podemos
pensar que os ditados ou adágios são fonte de grande aprendizado, se pararmos
para analisar, como fizemos com este. Em resumo, um pequeno ovo relativo pode
se transformar num grande Moa absoluto, bastando haver tempo para
desenvolvimento. Ou, por outra, o mundo não está esgotado, longe disso.
Vitória,
sexta-feira, 28 de março de 2003.
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