domingo, 12 de fevereiro de 2017


Jornal do Município/Cidade

 

                            Já escrevi várias vezes sobre isso, mas agora vou juntar características mais interessantes.

                            Estimei que de bairros e distritos devem existir de dois a três milhões no mundo, digamos 10 em média por município/cidade, que seriam então de 200 a 300 mil. Imagine a quantidade de jornais que podem ser feitos por uma grande empresa, digamos a Globo, que poderia então ser realmente global, a primeira empresa planetária do setor, ultrapassando DE LONGE toda similar dos países centrais, inclusive jornais como o Asashi Shimbun (se é assim que se escreve), com seus 30 a 40 milhões de exemplares diários.

                            Pequenas gráficas, por grupos de municípios/cidades, digamos 10 deles ou somando 150 mil habitantes (no ES, segundo o primeiro critério, caberiam oito, em relação ao segundo 20) em cada M/C ou em bairros (na Grande Vitória, com 1,3 milhão de habitantes agora, caberiam nove, enquanto em Copacabana, com dois milhões, ficariam pelo menos 13), falariam metade das notícias locais, do bairro ou distrito, metade de fora, esta uma seleção na base de três , quer dizer, para contemplar o estado, a nação e o mundo, cada uma por sua vez seguindo os setores da ECONOMIA (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos), dentro da PSICOLOGIA (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias), abordando GH’s PESSOAIS (de indivíduos, de famílias, de grupos e de empresas) localmente, dentro do bairro ou distrito, e AMBIENTAIS (de municípios/cidades próximas, de estados próximos, de nações próximas, do mundo) externamente.

                            Haveria diversidade local e unidade ampla.

                            Com isso um fundo de info-controle seria obtido PARA TODOS OS BAIRROS E DISTRITOS DO MUNDO, com um supercomputador (desses de Campinas/SP) em cada distrito ou bairro ligado por banda larga ao mundo inteiro. Por meio dessa rede seria iniciada a fusão de todos os elementos da mundialidade, para além da nacionalidade, construindo-se o verdadeiro SER (memória, inteligência, controle ou comunicação) cosmopolita.

                            A extração de dados seria total.

                            Teríamos a mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro/Editoria e Internet) associada criando um FUNIL DE DADOS rumo a um determinado centro, cuja triagem por um programáquina específico permitiria construir esse FUNDO CULTURAL UNIVERSAL esperado. Cada jornal pontual seria instado a sobreviver sozinho, cada gôndola desse supermercado de notícias administrando-se para o lucro e a sustentação do todo, com gerentes-clientes tendo aulas de coletividade de notícias em subcentros e os supergerentes no centro.

                            REDE UNIVERSAL DE NOTÍCIAS, RUN, correndo e rodando o mundo inteiro em suas línguas locais, todos falando uma língua universal, o português mesmo, ajudando a preservar os dialetos e as línguas, dando emprego a todas elas (são oito mil no planeta), reunindo mitos e lendas, pesquisando os mistérios, escavando arqueológicamente nas redondezas tanto o solo quanto o repositório de palavras. Criando um coletivo jornalístico de dependência comum. Ouvindo, escutando de pertinho, em voz baixa, de amigos, apoiando as causas locais, falando da Grande Causa mundial de união, respeitando e estimulando os costumes, passando aquelas outras propostas, por exemplo, TV de Patentes e TV Empresarial (ambos Livro 26).

                            Enfim, veja só, a RUN (maior muita coisa que a CNN) no centro, enquanto em volta estariam, em ritmo crescente até atingir em potência os dois ou três milhões, as sucursais - em equivalente número de bairros e distritos - interessadas na sua gente, em primeiro lugar, e depois remotamente na união, mas tendendo cada vez mais a ela. Megacentro RUN no Brasil, supercentros para o primeiro, para o segundo, para o terceiro, para o quarto mundo. Em cada país um centro, em cada estado um subcentro, nas microrregiões microcentros, digamos, em Linhares, em São Mateus, em Nova Venécia, em Barra de São Francisco, em Colatina, em Venda Nova dos Imigrantes, em Vitória, em Cachoeiro do Itapemirim, em Castelo, uns 10 no ES. Isso se une com a proposta da Redemocratização do ES e Um Projeto Completo para o ES (ambos Livro 29).

                            Ora, eis que pela primeira vez vemos realmente um projeto mundial, que começa pela mídia, apoiada na Rede Globo, que já tem no nome um auspício.

                            Nem de longe os jornais locais divergentes devem ser obstados, pelo contrário, devem ser estimulados, até aprendendo com a RUN, porque, como ficou dito, deve-se estimular a concorrência, até aderindo a ela, até estimulando-a, depois se comprando ou não algo substancialmente melhorado.

                            E os micro-RUN devem ser estimulados à originalidade, à criação independente, à rebeldia até, evitando-se cair na acomodação da diretiva única, embora os casos de destrutividade total devam ser cortados, quando se voltem contra a coletividade irremediavelmente (porque podem ser chamadas à conscientização).

                            Vitória, domingo, 20 de abril de 2003.

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