Como é o Capitalismo,
depois do Escravismo e do Feudalismo, já em sua terceira onda, ele está cada
vez mais aprimorado, a ponto de pelos primitivos (como Popper) ser julgado
insubstituível e até o melhor dos mundos (e é, em relação ao passado, que é o momento
mais atrasado do futuro).
Tudo se volta para os
capitalistas ou burgueses, nada para os operários ou trabalhadores.
Agoraqui e já
tardiamente quero propor um jornal, que é sempre Psicologia (figuras ou
psicanálises dos trabalhadores, objetivos ou psico-sínteses dos trabalhadores,
produções ou economias dos trabalhadores, organizações ou sociologias dos
trabalhadores, espaçotempos ou geo-histórias dos trabalhadores) das PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) dos trabalhadores em seus AMBIENTES
(municípios/cidades, estados, nações e mundo), em sua Bandeira de Proteção
(lares, armazenamento, saúde, segurança e transporte de trabalhadores), em sua
relação com a restante Chave do Labor (com intelectuais, com financistas, com
militares e com burocratas), enfim, SUA VISÃO DE MUNDO, não de dentro para
fora, dos burgueses, via olhar das demais categorias do labor, em relação aos
operários, e sim destes para aqueles.
Como viver neste mundo?
Como se educar e aos filhos e às filhas? Como acumular? Como evitar os enganos?
Como conviver em família? Aonde ir, como tirar férias, como ir ao trabalho,
quais são seus direitos, como ler a constituição, como contratar advogados,
como ir ao PROCON, como pedir ajuda da Igreja, como comprar carro, como
construir a casa própria? Há um milhão de perguntas, objeto de outras tantas
matérias de utilidade. Ao contrário do que se pensa, num Jornal do Trabalhador NÃO DEVEM CONSTAR as páginas policiais,
embora os esportes sim, ainda que não excessivamente. Deve ser um jornal PARA
MELHORAR A VIDA DOS TRABALHADORES, com matérias, com artigos voltados
interessadamente para esse propósito permanente, para o enriquecimento deles
dentro dos marcos próprios. Confecção de roupas em casa, hobbies úteis, como fazer
móveis e consertar coisas, como construir casas em mutirão, como registrar
imóveis, como e onde vacinar os filhos e as filhas, como preparar o casamento
deles.
E tudo isso por um preço
ínfimo - o jornal com seus custos baseados quase exclusivamente em propagandas.
Dele podemos migrar para
a restante mídia (TV, Revista, Livro, Rádio e Internet) de trabalhadores,
franqueando internacionalmente ou expandindo. Há aqui um espaço formidável,
porque são dois a três bilhões de trabalhadores no mundo. Pode ser um jornal
para cada nação, com as cores locais, no total 220, 55 em cada um dos quatro
mundos, estimados quatro mil estados ou províncias, dois ou três milhões e
bairros e distritos. Algo de verdadeiramente ilimitado, porque aqui se juntam
PROGRAMÁQUINAS DE TRABALHADORES, como o Windows da Microsoft.
Os trabalhadores têm
ficado com as sobras da festa dos ricos e médios-altos do sistema burguês
capitalista. De agora para diante colocaremos um jornal DIRETAMENTE voltado
para eles e seus interesses.
Vitória, segunda-feira,
07 de abril de 2003.
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