sábado, 11 de fevereiro de 2017


Jornal do Trabalho

 

                        Como é o Capitalismo, depois do Escravismo e do Feudalismo, já em sua terceira onda, ele está cada vez mais aprimorado, a ponto de pelos primitivos (como Popper) ser julgado insubstituível e até o melhor dos mundos (e é, em relação ao passado, que é o momento mais atrasado do futuro).

                        Tudo se volta para os capitalistas ou burgueses, nada para os operários ou trabalhadores.

                        Agoraqui e já tardiamente quero propor um jornal, que é sempre Psicologia (figuras ou psicanálises dos trabalhadores, objetivos ou psico-sínteses dos trabalhadores, produções ou economias dos trabalhadores, organizações ou sociologias dos trabalhadores, espaçotempos ou geo-histórias dos trabalhadores) das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) dos trabalhadores em seus AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), em sua Bandeira de Proteção (lares, armazenamento, saúde, segurança e transporte de trabalhadores), em sua relação com a restante Chave do Labor (com intelectuais, com financistas, com militares e com burocratas), enfim, SUA VISÃO DE MUNDO, não de dentro para fora, dos burgueses, via olhar das demais categorias do labor, em relação aos operários, e sim destes para aqueles.

                        Como viver neste mundo? Como se educar e aos filhos e às filhas? Como acumular? Como evitar os enganos? Como conviver em família? Aonde ir, como tirar férias, como ir ao trabalho, quais são seus direitos, como ler a constituição, como contratar advogados, como ir ao PROCON, como pedir ajuda da Igreja, como comprar carro, como construir a casa própria? Há um milhão de perguntas, objeto de outras tantas matérias de utilidade. Ao contrário do que se pensa, num Jornal do Trabalhador NÃO DEVEM CONSTAR as páginas policiais, embora os esportes sim, ainda que não excessivamente. Deve ser um jornal PARA MELHORAR A VIDA DOS TRABALHADORES, com matérias, com artigos voltados interessadamente para esse propósito permanente, para o enriquecimento deles dentro dos marcos próprios. Confecção de roupas em casa, hobbies úteis, como fazer móveis e consertar coisas, como construir casas em mutirão, como registrar imóveis, como e onde vacinar os filhos e as filhas, como preparar o casamento deles.

                        E tudo isso por um preço ínfimo - o jornal com seus custos baseados quase exclusivamente em propagandas.

                        Dele podemos migrar para a restante mídia (TV, Revista, Livro, Rádio e Internet) de trabalhadores, franqueando internacionalmente ou expandindo. Há aqui um espaço formidável, porque são dois a três bilhões de trabalhadores no mundo. Pode ser um jornal para cada nação, com as cores locais, no total 220, 55 em cada um dos quatro mundos, estimados quatro mil estados ou províncias, dois ou três milhões e bairros e distritos. Algo de verdadeiramente ilimitado, porque aqui se juntam PROGRAMÁQUINAS DE TRABALHADORES, como o Windows da Microsoft.

                        Os trabalhadores têm ficado com as sobras da festa dos ricos e médios-altos do sistema burguês capitalista. De agora para diante colocaremos um jornal DIRETAMENTE voltado para eles e seus interesses.

                        Vitória, segunda-feira, 07 de abril de 2003.

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