Internet dos Limites
Tecnocientíficos
Já falei do livro Enciclopédia da Ignorância, que tenho
há muitos anos, e da necessidade de atualizá-lo. Agoraqui se trata de colocar a
linha de frente do trem de mudanças da pesquisa & do desenvolvimento
teórico & prático, ou seja, a locomotiva mesmo, aqueles pontos onde os
pesquisadores e sábios estão quebrando a cabeça. O que estão fazendo mestres,
doutores e pós-doutores?
É só através disso
que as crianças e adolescentes poderão se dar as missões de suas vidas,
mentalizar ou sentimentalizar as grandes linhas de suas buscas pelos próximos
30, 40, 50 ou mais anos.
E aqui não pode ser
na forma de divulgação tecnocientífica, porque não se trata de artigos que
serão lidos por admiradores e depois colocados nas estantes, sob a ótica a
satisfação. Pelo contrário, é da insatisfação mesmo que se trata, de
provocação, de lançar a semente da dificuldade, até da impossibilidade, de
chegar ao limite.
No Nature, no Scientific American, no Lancet,
no Ciência Hoje, de todas as
revistas de prestígio em todos os países, sérias, capazes de levar à humanidade
o que está sendo feito nos laboratórios da mais avançada e alta tecnociência e
na mente dos mais inquietos tecnocientistas, mostrar tudo mesmo. Ainda que as
crianças e os adolescentes não entendam por enquanto, ficará a necessidade
angustiante de fazê-lo. Porisso é fundamental dar cursos nas escolas a partir
do primeiro grau. Os que não estão destinados desde cedo a cumprir esse destino
se afastarão ou não irão às palestras, que devem estar endereçadas tanto aos
professores e pesquisadores da instituição visitada quanto a esses que devem
ser puxados de suas respectivas inércias mentais, pois por si sós iriam
enveredar em uma série de atividades locais, em termos do mais alto pensamento.
Como vem sendo feito
é plenamente insatisfatório.
Vitória,
quarta-feira, 05 de março de 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário