Iniciativas Espaciais
Anárquicas
Como eu já disse no
artigo A Conquista Empresarial do Espaço,
neste Livro 30, os governos travaram a penetração profunda (êpa) dos
empresários no espaço, mercê dessa Guerra Fria entre EUA e URSS, de 1945 a
1991, 46 anos, no espaço de 1957 a 1991 (ano da Queda da URSS), 34 anos de
atraso.
Bem, é preciso
liberar.
O estado-governo
pode ser tão estúpido e inconseqüente a ponto de (fiquei estarrecido ao saber)
travar no Brasil a navegação de cabotagem até tão recentemente quanto 1993, se
não estou enganado, por quase 500 anos, sob a premissa errada de superproteção
das costas. Claro que proteger estava certo, mas outras soluções deveriam ter
sido postas – sequer se deram ao trabalho de desenvolver mais a Marinha.
Se a anarquia (não é
baderna, o vocábulo apenas significa sem-chefe) espacial irá matar centenas e
até mesmo milhares, a preservação dos que já irão mesmo morrer é argumento para
travar a ida? Fosse assim, diante do perigo inerente à navegação em rios e
mares (os naufrágios já mataram milhões) ainda estaríamos presos à terra ou com
pequenas pirogas governamentais indo a diminutas distâncias das costas. Não
teríamos hoje esses navios de 500 mil toneladas com 300 ou 400 metros de
comprimento e 60 metros de altura indo de um lado ao outro do globo ou
circunavegando-o constantemente.
Muitos irão morrer, é
certo, mas aprenderemos ao cabo de um século como ir com segurança, chorando
nosso sacrificado passado, nossos heróicos mortos dos primórdios. Ficar é que
não podemos, pois congelaríamos em liberdades atuais, ou regressaríamos a
outras, anteriores, com ditadores e dinastias surgindo aqui e acolá,
cristalizando o desenvolvimento humano em posições rococós bem medíocres mesmo.
SOLTEM OS BOTES,
deixem ir os aventureiros conquistar o sistema solar – planetas, satélites,
meteoritos, cometas, vazio, tudo mesmo. QUERENDO IR as soluções aparecerão,
para além dos combustíveis sólidos e líquidos. Sob tremenda pressão da urgência
os pesquisadores & desenvolvedores descobrirão as soluções.
VÃO!
Vitória,
terça-feira, 29 de abril de 2003.
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