quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017


Incompreensível Vida

 

                            Como só há e só pode haver um na Tela Final, Deus, para todo outro racional a compreensão é incompleta, falta pelo menos UM elemento. Terminando-o, esse UM = SÓ (na Rede Cognata) que mergulha no salto infinito torna-se Deus. A nenhum outro é dado isso, porque ou não é o mesmo UM ou se é se junta ao primeiro não-finito no mesmo poço não-finito, se funde e se torna UM IGUAL, O MESMO.

                            Assim sendo, TODO RACIONAL, seja na Terra, seja em qualquer planeta de qualquer tempo e espaço, em todo o pluriverso, em todos os universos possíveis e imagináveis, que já existiram, existentes ou por existir, está perante a incompreensibilidade da Vida geral.

                            UM, tendo se tornado Deus torna-se logo em seguida Natureza, pois senão pelo menos um elemento estaria fora e a condição de definição ficaria insatisfeita. Ora, todas as CONDIÇÕES DE DEFINIÇÃO são condições limites de existência, e todas elas devem existir no não-finito, harmonizando-se na EQUAÇÃO DE UM, a real Teoria de Tudo, mesmo.

                            UM não é senão aquilo que chamei Vontade Majoritária, pois ela se exerce sobre si mesma; nenhum que esteja des-idêntico com a Natureza pode sobre ela exercer plenitude de vontade.

                            Desse jeito deduz-se que a Vida é incompreensível, isto é, a totalidade dos fenômenos não pode ser enunciada em fechamento de conta, em totalização, em harmonização completa das equações. É inútil buscar no Plano da Criação a Equação de Tudo. O que há mesmo é um arremedo, alguma parcialidade, por exemplo, na Física, ETF, e assim por diante na pontescada tecnocientífica, depois no Conhecimento. É uma realização portentosa e bela, mas incompleta, todavia. Deve ser aplaudida, mas ainda será demonstração da douta ignorância, mais louvável quando reconhecida como tal.

                            Qualquer pessoa que anuncie que compreendeu a existência está provando sua ignorância, pois pode no máximo compreender alguns elementos de seu entorno; quanto menor essa ÁREA DE INVESTIGAÇÃO mais precisa a compreensão, com trevas absolutas em tudo mais. E esse “tudo mais” será sempre muita coisa.

                            Vitória, quinta-feira, 03 de abril de 2003.

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