Formidéia na
Arquiengenharia
É como chamei no
modelo: formidéia, formestrutura, palavrimagem, conceitimagem, como você
preferir, sugerindo a reunião dos pares polares opostos/complementares pelo
centro. Arquiengenharia é a reunião de arquitetura e da engenharia.
Veja o Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática) geral, nele a pontescada tecnocientífica, dividida em: 1)
pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3,
Informática/p.4, Cosmologia/p.5, Dialógica/p.6), 2) pontescada técnica
(Engenharia/X1, Medicina/X2, Psiquiatria/X3, Cibernética/X4, Astronomia/X5,
Discursiva/X6). Nele a Engenharia (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de
engenharias) é a contraparte baixa da Física. Na Magia/Arte existe uma
pontescada equivalente, na qual a Arquitetura seria a contraparte baixa,
artística, da física mágica. Ela trata dos espaços das configurações ou das
configurações dos espaços, das perspectivas (em amplo sentido) das formas, enquanto
a Engenharia cuida dos tempos, das circulações, das relações dos sujeitos com
os objetos, isto é, DA IDÉIA DE CIRCULAÇÃO.
Na Psicologia
(figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias,
organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias), como já disse no
modelo, a A/E trataria dos espaçotempos ou tempespaços que estão no centro das
almas humanas. Teríamos A/E PESSOAIS (para indivíduos, para famílias, para
grupos, para empresas) e AMBIENTAIS (em e para municípios/cidades, em e para
estados, em e para nações, em e para o mundo).
Então, sobre serem
Arquitetura e Engenharia contrapartes tecnartísticas da Magia e da Ciência, a arquiengenharia
É PSICOLOGIA – ela trata das almas humanas, curando-as de doenças ou adoecendo-as,
estabilizando-as e equilibrando-as ou desestabilizando-as e desequilibrando-as,
quer dizer, obtendo rendimento máximo ou mínimo para a construção geral. Ela
trata das almas, das psiques, dos sentimentos e das razões.
À idéia da
Engenharia, que sustenta do interior (de preferência em minimax, obtendo o
máximo de segurança com o mínimo de gasto) as possibilidades expressivas do
exterior, se une a forma da Arquitetura, que deseja obter o máximo de
plasticidade ou sentimento de adequação e pertinência, de fluidez em meio aos
demais elementos do processobjeto geral.
A pergunta, então,
se torna esta: como pensimaginar a reunião das formas mais belas com os
conteúdos mais consistentes?
Dependemos da
re-formalização, o ato permanente de re-formalizar da Arquitetura, e da
trans-formação, o ato permanente de ir além-da-forma, penetrar os conteúdos, da
Engenharia. Tal frutuosa reunião, passando por amplas exigências de mudanças
externas e internas em ambas as disciplinas, contribui para a aproximação dos modos
altos, mágico e científico, que são seus parentes gnosiológicos.
E passa por estas
perguntas: a) como é que a pretensão arquitetônica de obter as melhores formas
pode conseguir as mais amplas permissões da Engenharia sem descuidar da
necessidade ou contenção interna?; e b) como, em contrapartida, pode o
imperativo estrutural vivenciar uma nova liberdade, nova expectativa estética,
sem descuidar das limitações legais e principalmente do amor ao próximo?
A proposta da nova
formidéia é a de uma nova livre-necessidade, de uma nova livre-disciplina, é
uma opção de melhor acordo, que não apenas sugere as superações, pois sem elas,
como iniciativas de ambas as partes, o encontro não se faria, como,
especialmente, traga o fermento revigorante das revoluções, das rediscussões
dos pressupostos, dos programas, dos paradigmas vigentes, em geral
antipopulares. É a de, sem acabar com as disciplinas e o ensino separado delas,
propor o conectivo como agente que sirva a ambos os modos distintos, isto é,
uma ESCOLA DA ARQUIENGENHEIROS que sirva de mediador do par polar
oposto/complementar, ou seja, sugerir o surgimento de um terceiro motor ou
modelo operacional como vetor socioeconômico e políticadministrativo ou
governempresarial de reposicionamento nacional brasileiro e local capixaba no
concerto mundial das potências, adicionalmente como elemento libertador
daqueles que estão mais recuados no desenvolvimento humano.
Essa é a difícil
proposta, não só de ultrapassamento do atual impasse da separação, mas de aguda
projeção no âmbito do Conhecimento total.
Vitória,
terça-feira, 18 de março de 2003.
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