Enquadramento Total
do Conhecimento
Como está posto no
Livro 23, Atraso Mundial em Relação ao
Modelo, e em muitos textos antes, o modelo, as posteridades e as
ulterioridades propuseram um enquadramento não menos que total do Conhecimento
(Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e
Matemática), com a pontescada tecnocientífica, em particular a pontescada
científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4,
cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6), segundo o sistema integral, vá ver.
AS NATUREZAS
NATUREZA
|
CIÊNCIA-TIPO
|
ATÉ:
|
N.0
|
Física-Química
|
O primeiro ser vivo
|
N.1
|
Biologia-p.2
|
O primeiro racional (par homulher)
|
N.2
|
Psicologia-p.3
|
O primeiro ser-novo (par novo)
|
N.3
|
Informática-p.4
|
A primeira hipermente
|
N.4
|
Cosmologia-p.5
|
Salto para o infinito
|
N.5
|
Dialógica-p.6
|
Armação e disparo da bomba dialógica
|
Resulta
que tendo comprado há muitos anos o livro de B. M. Kedrov, Clasificación de las Ciências (Engels y sus predecesores), Moscou,
Progresso, 1974, li até a página 51 o primeiro tomo (são dois; por algum motivo
improvável tenho dois volumes dois) e me detive, pois é muito enjoado, primeiro
pela repetição contínua, depois pela sobreafirmação de Engels.
Em 1992 comecei o
modelo, parei, iniciei as posteridades, parei, a seguir as ulterioridades,
parei, e agora estou nestes livros. Indo e vindo em milhares de páginas
configurei o enquadramento, que naturalmente é muito mais complexo do que está
posto nestas páginas.
AS
CITAÇÕES DE KEDROV (no tomo I)
AUTOR
|
PERÍODO
|
PÁGINA
(S)
|
Aristóteles
|
384-322 a.C.
|
66
|
Epicuro
|
341-270 a.C.
|
56
|
Estóicos
|
c. 300 a.C.
|
56
|
S. Agostinho
|
354/430
|
56
|
Tsin Tsu
|
Séc.
IV/V
|
50
|
Al-Kindi
|
796/879
|
67
|
Al-Farabi
|
872/950
|
67
|
Avicena
|
980/1037
|
66
|
Escolásticos
|
Idade Média
|
66
|
Roger Bacon
|
1220/1292
|
67
|
Hobbes
|
1588/1679
|
98
|
Diderot
|
1703/1784
|
98
|
Saint-Simon
|
1760/1825
|
107/133
|
Comte
|
1798/1857
|
133/134/179
|
Ampère
|
1775/1836
|
163/164/169/177
|
Saint-Hilaire
|
1805/1861
|
170/179
|
D’Halloy
|
Séc.
XIX
|
171/179
|
Cournot
|
1801/1877
|
172/174/179
|
Neil
Arnott
|
1788/1874
|
184
|
Whewell
|
1794/1866
|
192
|
Mill
|
1773/1836
|
198
|
Spencer
|
1820/1903
|
207/208/210/212
|
Bain
|
1818/1903
|
229
|
Maximóvich
|
1804/1873
|
259/260
|
Mendeléiev
|
1834/1907
|
296/297
|
Engels
|
1820/1895
|
365/376/381/385/397/415/459
|
|
|
|
CNPq
|
Instituição
|
Veja artigo citado
|
Bibliotecas
|
CDU (*)
|
Veja anexo
|
(*) Classificação
Digital Universal
Grafei Tsin Tsu como
era feito antes da reforma chinesa, em vez de Tsin Siu, como no original, e
preferi as datas da Barsa eletrônica às do livro, exceto onde está em negrito.
Antes de Aristóteles houve muitos: Pitágoras (580-500 a.c.), Demócrito (460-370
a.C.), etc.
O levantamento não é
exaustivo, alguém que cuide disso depois. Serve apenas para mostrar que muitos
se debruçaram sobre o problema antes, sem resolvê-lo a contento, e que agora
precisamos de fato enquadrar de modo compatível, sistemático e total. Observe
que Kedrov conduz tudo a Engels, como se este tivesse realmente resolvido a
contento, o que não fez, de modo algum, embora tivesse avançado bastante, e
terminado definitivamente a avaliação, o que também não fez.
As transparências
mostrarão as propostas de cada um e as do modelo. Em anexos estarão outras
propostas, que tirei da Internet, tudo muito apagado, vá a “Classificação das
Ciências” através do Google e pegue. Veja também as ENTRADAS da Enciclopédia
Einaudi, Lisboa (?), Casa da Moeda/Imprensa Nacional, 1984, sobre originais
italianos. Se o modelo é válido ele permitirá enquadrar perfeitamente, sem
folga alguma, todos os verbetes, estes e todos do Dicionarienciclopédico.
Veja que Kedrov diz
que Comte propôs o Princípio da
Coordenação, em tese dele pior que o Princípio
da Subordinação, de Engels. O modelo adota ambos, sabendo que a
Física se co-ordena com a Química, a primeira sendo caminho ou escada,
no mesmo plano, a segunda sendo salto ou ponte, passando a nível superior,
neste caso a Biologia. Entrementes a Físico-Química se subordina à Biologia/p.2,
porque esta última exige conhecimentos matemáticos superiores – todos os de
antes e mais alguns. Falaríamos de SUBCOORDENAÇÃO ou de CO-SUBORDINAÇÃO. Seria
melhor assim.
Além disso, onde
Comte propõe três fases (Teológica, Metafísica e Científica), o modelo propõe
cinco, adequadas ao Conhecimento geral (mágica/artística, teológica/religiosa,
filosófica/ideológica, científica/técnica e matemática), das mais soltas ou
sentimentais às mais estruturadas ou racionais. Estamos na passagem da fase F/I
para a fase C/T. Veja que fora a fase mágica/artística, Comte chega perto, se
fizermos a sua fase metafísica se equiparar à fase filosófica/ideológica do
modelo.
Em lugar de
matemática, astronomia, física, química (fisiologia) e sociologia, de Comte, o
enquadramento de Engels é muito melhor: matemática, mecânica, física,
química, biologia e história – por pouco ele não chegou lá, principalmente se
pensarmos que história é o equivalente dele de Psicologia/p.3. Não tinha
informações suficientes (por exemplo, sobre informática e cibernética), uma
pena.
Creio que Vico,
Bacon, Spinoza e outros se debruçaram sobre o assunto e avançaram bastante,
tudo isso é necessário investigar. Os geo-historiadores de epistemologia que
façam o trabalho.
Vitória,
segunda-feira, 10 de março de 2003.
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