sábado, 4 de fevereiro de 2017


Enquadramento Total do Conhecimento

 

                            Como está posto no Livro 23, Atraso Mundial em Relação ao Modelo, e em muitos textos antes, o modelo, as posteridades e as ulterioridades propuseram um enquadramento não menos que total do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), com a pontescada tecnocientífica, em particular a pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6), segundo o sistema integral, vá ver.

                            AS NATUREZAS

NATUREZA
CIÊNCIA-TIPO
ATÉ:
N.0
Física-Química
O primeiro ser vivo
N.1
Biologia-p.2
O primeiro racional (par homulher)
N.2
Psicologia-p.3
O primeiro ser-novo (par novo)
N.3
Informática-p.4
A primeira hipermente
N.4
Cosmologia-p.5
Salto para o infinito
N.5
Dialógica-p.6
Armação e disparo da bomba dialógica

                                                       Resulta que tendo comprado há muitos anos o livro de B. M. Kedrov, Clasificación de las Ciências (Engels y sus predecesores), Moscou, Progresso, 1974, li até a página 51 o primeiro tomo (são dois; por algum motivo improvável tenho dois volumes dois) e me detive, pois é muito enjoado, primeiro pela repetição contínua, depois pela sobreafirmação de Engels.

                            Em 1992 comecei o modelo, parei, iniciei as posteridades, parei, a seguir as ulterioridades, parei, e agora estou nestes livros. Indo e vindo em milhares de páginas configurei o enquadramento, que naturalmente é muito mais complexo do que está posto nestas páginas.

                             AS CITAÇÕES DE KEDROV (no tomo I)

                           

AUTOR
PERÍODO
PÁGINA (S)
Aristóteles
384-322 a.C.
66
Epicuro
341-270 a.C.
56
Estóicos
c. 300 a.C.
56
S. Agostinho
354/430
56
Tsin Tsu
Séc. IV/V
50
Al-Kindi
796/879
67
Al-Farabi
872/950
67
Avicena
980/1037
66
Escolásticos
Idade Média
66
Roger Bacon
1220/1292
67
Hobbes
1588/1679
98
Diderot
1703/1784
98
Saint-Simon
1760/1825
107/133
Comte
1798/1857
133/134/179
Ampère
1775/1836
163/164/169/177
Saint-Hilaire
1805/1861
170/179
D’Halloy
Séc. XIX
171/179
Cournot
1801/1877
172/174/179
Neil Arnott
1788/1874
184
Whewell
1794/1866
192
Mill
1773/1836
198
Spencer
1820/1903
207/208/210/212
Bain
1818/1903
229
Maximóvich
1804/1873
259/260
Mendeléiev
1834/1907
296/297
Engels
1820/1895
365/376/381/385/397/415/459
 
 
 
CNPq
Instituição
Veja artigo citado
Bibliotecas
CDU (*)
Veja anexo

                            (*) Classificação Digital Universal

                            Grafei Tsin Tsu como era feito antes da reforma chinesa, em vez de Tsin Siu, como no original, e preferi as datas da Barsa eletrônica às do livro, exceto onde está em negrito. Antes de Aristóteles houve muitos: Pitágoras (580-500 a.c.), Demócrito (460-370 a.C.), etc.

                            O levantamento não é exaustivo, alguém que cuide disso depois. Serve apenas para mostrar que muitos se debruçaram sobre o problema antes, sem resolvê-lo a contento, e que agora precisamos de fato enquadrar de modo compatível, sistemático e total. Observe que Kedrov conduz tudo a Engels, como se este tivesse realmente resolvido a contento, o que não fez, de modo algum, embora tivesse avançado bastante, e terminado definitivamente a avaliação, o que também não fez.

                            As transparências mostrarão as propostas de cada um e as do modelo. Em anexos estarão outras propostas, que tirei da Internet, tudo muito apagado, vá a “Classificação das Ciências” através do Google e pegue. Veja também as ENTRADAS da Enciclopédia Einaudi, Lisboa (?), Casa da Moeda/Imprensa Nacional, 1984, sobre originais italianos. Se o modelo é válido ele permitirá enquadrar perfeitamente, sem folga alguma, todos os verbetes, estes e todos do Dicionarienciclopédico.

                            Veja que Kedrov diz que Comte propôs o Princípio da Coordenação, em tese dele pior que o Princípio da Subordinação, de Engels. O modelo adota ambos, sabendo que a Física se co-ordena com a Química, a primeira sendo caminho ou escada, no mesmo plano, a segunda sendo salto ou ponte, passando a nível superior, neste caso a Biologia. Entrementes a Físico-Química se subordina à Biologia/p.2, porque esta última exige conhecimentos matemáticos superiores – todos os de antes e mais alguns. Falaríamos de SUBCOORDENAÇÃO ou de CO-SUBORDINAÇÃO. Seria melhor assim.

                            Além disso, onde Comte propõe três fases (Teológica, Metafísica e Científica), o modelo propõe cinco, adequadas ao Conhecimento geral (mágica/artística, teológica/religiosa, filosófica/ideológica, científica/técnica e matemática), das mais soltas ou sentimentais às mais estruturadas ou racionais. Estamos na passagem da fase F/I para a fase C/T. Veja que fora a fase mágica/artística, Comte chega perto, se fizermos a sua fase metafísica se equiparar à fase filosófica/ideológica do modelo.

                            Em lugar de matemática, astronomia, física, química (fisiologia) e sociologia, de Comte, o enquadramento de Engels é muito melhor: matemática, mecânica, física, química, biologia e história – por pouco ele não chegou lá, principalmente se pensarmos que história é o equivalente dele de Psicologia/p.3. Não tinha informações suficientes (por exemplo, sobre informática e cibernética), uma pena.

                            Creio que Vico, Bacon, Spinoza e outros se debruçaram sobre o assunto e avançaram bastante, tudo isso é necessário investigar. Os geo-historiadores de epistemologia que façam o trabalho.

                            Vitória, segunda-feira, 10 de março de 2003.

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