Desenvolvimento de
Programáquinas pelas Duas Pontas
Uma das pontas é a
da engenharia ou arquitetura de programáquinas, programas-máquinas, pela ação
dos racionais que estão pensando os conceitos, com um envoltório ou forma, pela
qual é identificada a máquina, digamos uma máquina de lavar.
Do outro lado estão
os acasos todos, a casualidade, os acontecimentos fortuitos, os fenômenos,
aquilo que é sujeito à presença das solicitações, tudo que acontecerá em
virtude do uso, intermitente ou continuado, quer dizer, das sucessivas lavagens
de roupas. A máquina quebra? A máquina pifa? Se acontece, como acontece com
tanta freqüência, como agir para diminuir o índice de defeitos?
Aí veio o programa
de qualidade total, que o americano Demming implantou no Japão e deste passou
ao mundo inteiro, inclusive aos americanos, e é a ponta de dentro. Não veja,
contudo, a resposta dos usuários, que deveriam ser consultados, pela ponta de
fora. O mais das vezes os empresários, principalmente os industriais, não fazem
retroalimentação ou feedback, alimentação-de-retôrno, não instituem pesquisas
junto às fontes, por exemplo, deixando nas oficinas questionários a serem
preenchidos pelos compradores ou pelos técnicos que consertam. Ou, se existem,
nunca ouvi falar.
Pois qualquer
empresário um pouco mais esperto estaria doido atrás das informações sobre os
defeitos reais, que acontecem na realidade, sob uso, e não os virtuais,
imaginados pela arquiengenharia de processobjetos ou de programáquinas. Através
delas saberia onde as peças são frágeis, onde os P/M ou os P/O quebram com mais
facilidade, providenciando conserto pronto.
A retroalimentação
seria tanto interna, do corpo tecnocientífico, quanto externa, dos compradores,
que assim se veriam atendidos onde mais dói, a falta de atenção por parte das
empresas.
Vitória, sábado, 12
de abril de 2003.
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