sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017


Câncer da Terra

 

                            Comparar o ser humano a um câncer pode ser chocante, mas verdadeiro, e até perguntar se já está em metástase é importante. A humanidade espalhou-se tanto que já é isso, creio. É como um câncer na pele da Mãe Terra.

                            Contemos um tempo de 4,5 bilhões de anos desde a formação e desde o aparecimento do primeiro sinal de vida 3,8 bilhões de anos (tomemos como uma vida humana de 70 anos). Assim, cada segundo de vida da Terra teria 1,72 ano humano – os 70 anos corresponderiam a 40,70 segundos da vida do planeta vivo.

                            Assim sendo, contando desde a EVA MITOCONDRIAL e do ADÃO Y, que surgiram em tempos e espaços pouco distantes uma do outro na África há 200 mil anos, isso corresponderia a 32,30 horas-VT (Vida da Terra), pouco mais de um dia: implantou-se o vírus, disseminou-se e conduziu o mundo-Terra à beira da morte. Se visualizarmos 50 mil anos dos homens sábios (homo sapiens sapiens) cai para pouco mais de oito horas e se pensarmos nos 10 mil anos de civilização menos de duas horas, pouco mais de 90 minutos. É assustador.

                            É aqui que o modelo entra para desanuviar as coisas.

                            Pensemos no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Ciência/Técnica e Matemática) geral, em particular na pontescada tecnocientífica e na pontescada científica: Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6. O modelo diz que estamos na interface entre Psicologia/p.3 e Informática/p.4, passando dos seres humanos enquanto pessoambientes (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações, mundo, já no estágio de transpor de nações a nações-unidas, mundo) aos novos seres I/p.4. Eis que o mundo proverá sua própria cura, ao migrar a um novo estágio. Como o ser humano foi predador do excesso de vida biológica/p.2, da excessiva pressão de então, os novos seres aproveitarão (mas não serão predadores no mesmo sentido) as construções humanas, irão reciclá-las.

                            Sairão provavelmente do planeta e o reconstruirão. É o que espero: um processo educado de limpeza das porcarias com que infestamos nosso berço cósmico.

                            No fim das contas trata-se apenas de um estágio no progresso para níveis mais altos de consciência.

                            Vitória, domingo, 02 de março de 2003.

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