domingo, 12 de fevereiro de 2017


Aliens Selvagens

 

                            Num certo planeta, civilização completa segundo o modelo (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas delineadas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações, mundo perfeitamente desenhados) – veja os textos do modelo sobre alienígenas -, uma expedição sai para descobrir mundos e eventualmente chega à Terra do presente, onde depara com a nossa cultura atrasada e violenta, sendo mostrados sucessivamente nossos inúmeros vícios. O desenho daquela civilização deve ser apurado porque será preciso voltar a ela de vez em quando.

                            Depois do primeiro filme virá a série, onde podem ser abordados os nossos costumes e nossas leis selvagens, a título de uma visão de fora, certamente ressaltando os bons exemplos dos iluminados (Cristo, Buda, Salomão, Gandhi, Moisés, Vardamana, Clarice Lispector, Maomé, etc.), mas apontando as páginas dos jornais, os aliens tentando compreender nossos procedimentos.

                            Aí investigariam nosso Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) pela pontescada tecnocientífica, passeariam pelas 6,5 mil profissões, pelas 22 tecnartes, pela Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no centro Vida, no centro do centro Vida-racional), pela Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde, segurança, transportes), pelas pessoambientes, pelas políticadministrações, pelos governempresas, por tudo. Naturalmente eles são afetados também, regressivamente – alguns deles se tornam mais primitivos, adotam o gênero de liberdade maligna que temos.

                            Olham a nossa Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, geo-histórias) - para tal sendo necessário agregar uma quantidade de psicólogos ao projeto, especialmente treinados segundo as linhas do modelo.

                            Essa visão de fora com o tempo se esgotará, mas a própria necessidade dos envolvidos de ver do exterior nossa existência, nossa forma de pensar e proceder, nos ajudará a ver nossos erros mais brutais e até a consertar alguns. Nenhuma visão externa realmente chocante será possível, porque quem estará fazendo os filmes ainda portará defeitos humanos, mas em todo caso será bom.

                            Vitória, domingo, 13 de abril de 2003.

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