domingo, 12 de fevereiro de 2017


Xiscópio de Tela

 

                            Para não dizer telescópio (longa/visão) e microscópio (pequena/visão), coloquei x/scópio, com Xn e X1/n, o que servirá tanto para multiplicar exponencialmente quanto para igualmente dividir.

                            Veja uma tela com um conjunto de pontos Am x Ln, A sendo altura, L largura, m e n quaisquer números reais, até m = n = 1, A x L um retângulo. Normalmente um monóculo tem um círculo de visão, não um retângulo; um binóculo dois círculos onde chega a luz, que é concentrada pela lente e focada no olho, multiplicando a imagem tantas vezes.

                            Quando não tínhamos os processadores, muito menos os processadores hiperconcentrados do tipo PC (que caminham para ser supercomputadores de casa), o processamento seria tão lento a ponto de inviabilizar, mas agora podemos pegar tal tela e redividi-la em retículos que serão os pontos ou pixels dos cruzamentos de retas ortogonais. Tais retículos seriam novamente divididos e assim sucessivamente, conforme o princípio acima, digamos AAAxLLL, de modo que podemos pegar qualquer densidade de imagem.

                            Se tolerarmos um pequeno retardo (de qualquer modo o processador age a uma velocidade que é de bilionésimos ou trilionésimos de segundo, o tempo padrão humano), o computador pode processar sucessivamente as telas que entram, analisando cores, distâncias, preto&branco, ABRINDO A IMAGEM tanto quanto se queira, por exemplo, 10, 20, 40, 80, 160 vezes ou diâmetros. Então não precisaríamos mais de telescópios refratores ou refletores, nem de microscópios óticos, o tunelamento e a sondagem eletrônica servindo como memória primária. Se deslocarmos a tela AL um tanto, ALξ, criando duas, poderemos simular o efeito estereoscópico dos olhos humanos, criando paralaxes mínimas, no geral, máximo em órbita com a abertura da Terra 365,25/2 dias afastada podendo obter imagens tridimensionais do universo. Ou mais ainda se enviarmos telescópios para o escoramento gravitacional de Netuno ou Plutão e sua posição contrária, do outro lado da órbita.

                            Vitória, segunda-feira, 07 de abril de 2003.

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