terça-feira, 14 de fevereiro de 2017


Um Milhão de Acres

 

                            Os americanos usam o acre (4.000 m2) como unidade preferencial de medida, em lugar do hectare (100 m2), que é medida do SI, Sistema Internacional de Unidades. Temos o alqueire de 48.000 m2 (grande alqueire, por oposição ao pequeno, que é metade, adotado no sul do país).

                            No Conhecer já citado, volume 4, p. 774, há está passagem:

                            “Para evitar enchentes, construiu-se a grande barragem de Hoover, que serviu de modelo para muitas outras. E, em 1952, um milhão de acres de área semidesértica no Estado de Washington foi recuperado para a agricultura através da barragem do Grande Coullee”.

                            Quanto é um milhão de acres?

                            Em termos das medidas que usamos são 4.000 m2 x 1.000.000, 4 bilhões de m2; como cada milhão de metros quadrados correspondem a um quilômetro quadrado, são 4.000 km2. O ES tem 45.597 km2 e duas reservas, a de Sooretama, que é do governo federal com 24.000 hectares ou 240 km2, e a da Vale do Rio Doce, privada, que é de 22.000 hectares, ou 220 km2, somando então 460 km2, 1/10 daquela área inundada. O município de Linhares, ES, já teve 4,5 mil km2, antes do desmembramento de Rio Bananal e de Sooretama.

                            Você vê que não é muito.

                            Inúmeros municípios do Brasil possuem áreas muito maiores, especialmente no Norte, estados do Amazonas e do Pará. O Brasil tem área contígua maior que a dos EUA, cujo estado do Alasca (mais a do estado do Havaí), acrescido à da área territorial contínua dos Estados Unidos faz desta nação de área maior.

                            Acontece que na época da edição da enciclopédia, 1967 tanto na Itália quanto no Brasil, falar em um milhão de acres, sendo o acre medida não usual entre nós, fazia parecer muito. Inúmeros lagos criados por usinas hidrelétricas no Brasil têm área muito maior que essa. O fato de os EUA serem sempre a maior nação, econômica e tenocientificamente falando, faz parecer que tudo por lá é maior, e não é. Definitivamente não é, e é essa visão nossa que devemos EXPLICITAMENTE rever, em favor das gerações futuras.

                            Vitória, terça-feira, 15 de abril de 2003.

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