terça-feira, 7 de fevereiro de 2017


Tudo que é Preciso Dizer

 

                            No mesmo livro de Feymann, p. 21, ele diz:

                            “A lei da gravitação afirma que dois corpos exercem um sobre o outro uma força que é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles e directamente proporcional ao produto das suas massas. Matematicamente, podemos traduzir essa grande lei pela seguinte fórmula:

                                                       F = G m m

                                                                       r2

                            “A força é igual a uma determinada constante multiplicada pelo produto das suas massas e dividida pelo quadrado da distância. Se acrescentar agora que um corpo responde a uma dada força acelerando, ou melhor, que a taxa de variação da velocidade é proporcional à força e inversamente proporcional à massa (a velocidade varia tanto mais quanto mais pequena for a massa), então disse TUDO O QUE É PRECISO DIZER sobre a lei da gravitação”, maiúsculas minhas.

                            Vejamos se é isso.

                            Poderíamos reescrever como F (de field, “campo” em inglês, esfera de ação,) = K mn/2, para torná-la mais universal, sendo m e n duas massas necessariamente diferentes, para máxima expressividade, podendo ser iguais, m = n, enquanto nos daria o vetor de ligação entre ambas, indicando variabilidade.  Qualquer racional, em qualquer mundo bastante avançado, reconheceria aí a gravitação.

                            G é uma constante, a da gravitação universal, valendo 6,67. 10-11 m3/s2.kg, significando no mínimo que ela é um dos limites-de-definição do universo em que estamos, se ligando à modulação dele no Big Bang.

                            Agora, vejamos: se tomarmos m = n = H, a massa do hidrogênio, que é o mesmo e sempre em toda parte, com o mesmíssimo desenho, e colocarmos as duas massas mínimas H = 1 encostadas (em experimento mental, a distância entre seus centros sendo o diâmetro de H, teremos F = G.H.H/d2. Como, na nossa experiência H = 1 e d = 1 tudo se resume a dizer que F = G, isto é, a força mínima que um átomo de hidrogênio exerce sobre outro é F = 6,67. 10-11 qualquer coisa (a força é medida em newtons, N). Esse é o campo mínimo entre partículas de hidrogênio, que está naturalmente ligado às distâncias de Planck, que Stephen Hawking chamou de “propriedade métrica do universo”, da ordem de 10-35 m. Na fórmula v = x/t, obtemos t = 10-44 s, devido a v ser igual a c = 3.108 m/s, a velocidade da luz no vácuo. Calha, então, de obtermos F = 6,67. 10-11.pp / (10-35)2. Ficamos com F = 6,67. 10-11.1070 (p2) = 6,67. 1059 p2, e se tivermos F teremos a massa do átomo primordial, o que chamei de PET (propriedade espaçotemporal) ou PMU (propriedade métrica do universo, como fez SH) ou campartícula fundamental. Como podemos pensar que operando em qualquer campo duas partículas iguais vão exercer na distância mínima sempre a força mínima (o campo absoluto não se altera, o que o faz são os desenhos das partículas dentro dele – maiores massas atrair-se-ão com forças maiores, porque o campo exerce maior tensão), podemos estimar que f (p) = F, e p2 = 10-70, donde p = 10-35 kg, a massa da partícula fundamental.

                            Podemos igualmente colocar a partícula fundamental no limite do universo e toda a massa no centro de massa dele (que deve coincidir, como eu já disse, com o ponto onde estourou o Big Bang). Conhecendo F, G, p e d, que é o raio presumido (pode ser calculado via Constante de Hubble) do universo, será fácil estimar M, a massa do universo.

                            E assim por diante.

                            Acho que não foi dito tudo que é preciso dizer.

                            De modo nenhum.

                            Vitória, terça-feira, 18 de março de 2003.

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