Tudo que é Preciso
Dizer
No mesmo livro de
Feymann, p. 21, ele diz:
“A lei da gravitação
afirma que dois corpos exercem um sobre o outro uma força que é inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre eles e directamente proporcional ao
produto das suas massas. Matematicamente, podemos traduzir essa grande lei pela
seguinte fórmula:
F
= G m m’
r2
“A força é igual a
uma determinada constante multiplicada pelo produto das suas massas e dividida
pelo quadrado da distância. Se acrescentar agora que um corpo responde a uma
dada força acelerando, ou melhor, que a taxa de variação da velocidade é
proporcional à força e inversamente proporcional à massa (a velocidade varia
tanto mais quanto mais pequena for a massa), então disse TUDO O QUE É PRECISO
DIZER sobre a lei da gravitação”, maiúsculas minhas.
Vejamos se é isso.
Poderíamos
reescrever como F (de field, “campo” em inglês, esfera de ação,) = K mn/↔2,
para torná-la mais universal, sendo m e n duas massas necessariamente
diferentes, para máxima expressividade, podendo ser iguais, m = n, enquanto ↔
nos daria o vetor de ligação entre ambas, indicando variabilidade. Qualquer racional, em qualquer mundo bastante
avançado, reconheceria aí a gravitação.
G é uma constante, a
da gravitação universal, valendo 6,67. 10-11 m3/s2.kg,
significando no mínimo que ela é um dos limites-de-definição do universo em que
estamos, se ligando à modulação dele no Big Bang.
Agora, vejamos: se
tomarmos m = n = H, a massa do hidrogênio, que é o mesmo e sempre em toda
parte, com o mesmíssimo desenho, e colocarmos as duas massas mínimas H = 1
encostadas (em experimento mental, a distância entre seus centros sendo o
diâmetro de H, teremos F = G.H.H/d2. Como, na nossa experiência H =
1 e d = 1 tudo se resume a dizer que F = G, isto é, a força mínima que um átomo
de hidrogênio exerce sobre outro é F = 6,67. 10-11 qualquer coisa (a
força é medida em newtons, N). Esse é o campo mínimo entre partículas de
hidrogênio, que está naturalmente ligado às distâncias de Planck, que Stephen
Hawking chamou de “propriedade métrica do universo”, da ordem de 10-35
m. Na fórmula v = x/t, obtemos t = 10-44 s, devido a v
ser igual a c = 3.108 m/s, a velocidade da luz no vácuo. Calha,
então, de obtermos F = 6,67. 10-11.pp / (10-35)2.
Ficamos com F = 6,67. 10-11.1070 (p2) = 6,67. 1059
p2, e se tivermos F teremos a massa do átomo primordial, o que
chamei de PET (propriedade espaçotemporal) ou PMU (propriedade métrica do
universo, como fez SH) ou campartícula fundamental. Como podemos pensar que
operando em qualquer campo duas partículas iguais vão exercer na distância
mínima sempre a força mínima (o campo absoluto não se altera, o que o faz são
os desenhos das partículas dentro dele – maiores massas atrair-se-ão com forças
maiores, porque o campo exerce maior tensão), podemos estimar que f (p) = F, e
p2 = 10-70, donde p = 10-35 kg, a massa da
partícula fundamental.
Podemos igualmente
colocar a partícula fundamental no limite do universo e toda a massa no centro
de massa dele (que deve coincidir, como eu já disse, com o ponto onde estourou
o Big Bang). Conhecendo F, G, p e d, que é o raio presumido (pode ser calculado
via Constante de Hubble) do universo, será fácil estimar M, a massa do
universo.
E assim por diante.
Acho que não foi
dito tudo que é preciso dizer.
De modo nenhum.
Vitória,
terça-feira, 18 de março de 2003.
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