O
Brasil de Mario Sabino Vai de Mal a Pior
No livro dele, Cartas de um Antagonista
(Jornalismo na selva selvagem brasileira), Rio de Janeiro, Record, 2016, ele frequentemente
fala mal do Brasil. Imagino que mais passagens possam ser encontradas em outros
livros e em artigos de jornal. Não que eu não fizesse desde quando comecei a
pensar com afinco aos 15 anos e não faça isso, faço. Como disse a Clarice Lispector
com aquela espantosa sabedoria dela, “quem não fala mal não fala bem”. Aliás,
repare, começou a falar mal é para encontrar apoio para falar bem e vice-versa:
elogiou de cara, pode esperar pelas críticas duras depois.
A
LISTA DE MS
(com as páginas; não seja miserável, compre e leia)
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CITAÇÃO.
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COMENTÁRIO.
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41
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“Todos estão no Brasil a trabalho. Todos
acham o Brasil o fim da picada. Todos querem cair fora o quanto antes”.
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Ninguém iria aos países nórdicos de 1700, muito
menos à Suécia, eram atrasadíssimos e veja agora! Terríveis erros de
julgamento.
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43
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“Na minha opinião, estamos condenados a ser
um país de segunda categoria, com altos pouco altos e baixos muito baixos”.
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Nada feito! O Brasil será a maior potência
do mundo em 30 anos, 2050, passando EUA e China, não apenas porque
cresceremos aceleradamente como porque eles entrarão em colapso.
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44
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“Estamos condenados a ser ávidos,
libertinos, melancólicos”.
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De modo nenhum, por duas boas razões, os
dois pilares, civilização portuguesa e a Igreja.
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47
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“(...) um povo ignorante e abúlico”
[indiferente, sem vontade].
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É o contrário disso, nos países centrais as
elites trabalham por si, mas também pela nação, ao passo que o povo
brasileiro carrega elites estúpidas e para ir adiante precisa de vontade de
ferro, com tantos sendo do contra.
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50
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“Somos um país de salafrários, essa é a
verdade (...)”.
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De maneira nenhuma, o país é grandioso,
mercê de seu povo grandioso. Ademais, tudo é 50/50, 50 % são pessoas muito
boas, excelentes.
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111
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“O Brasil não é confiável porque é
interminável”.
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O povo é altamente confiável naquilo que
não imita das elites; já estas são das piores do mundo, não sabem nem
começar, nem avançar, nem terminar obras de grande qualidade.
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127
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“(...) ecoando Paulo Prado, nascemos da
cobiça, da luxúria, da tristeza”.
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Enganadíssimos os dois, tanto a voz quanto
o eco: não somos ávidos, pelo contrário; não somos lascivos (as elites é que
são, ainda por cima por imitação, nem são autênticas); se há algo de que
fazemos questão é de alegria.
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Vitória, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017.
GAVA.
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