Fala!
Começou com os
escritores antigos querendo dar lições aos patrícios ricos, generais, reis e
imperadores através das fábulas, atribuindo fala aos animais, a plantas, a
objetos, a tudo que simbolicamente os representavam, de modo que
contemporaneamente podemos ver em A Bela
e a Fera, da Disney, gente, animais e objetos falando livremente.
Isso entrou na Magia
e na Arte de todos os tempos, a ponto de na TV vermos a todo instante
não-humanos falando. Como a soma zero nos diz que SEMPRE há um lado bom e um
lado ruim em tudo, a par do evidente prazer de crianças e adultos em assistir
aos desenhos animados (alguns são desenhos bem desanimados), devemos analisar a
questão da linguagem, sob a ótica do modelo.
Em primeiro lugar,
os sentidos são externinternos, quer dizer, tanto há um SENTIDO EXTERNO da
visão, o mecanismo visual (olhos, nervos óticos), e um SENTIDO INTERNO da
visão, os interpretadores dentro do cérebro. Na realidade o que vemos é uma
COMPOSIÇÃO ou criação entre o que realmente está do lado de fora e o que está
do lado de dentro, como fundo PESSOAMBIENTAL (PESSOAL: individual, familiar,
grupal, empresarial; AMBIENTAL: municipal/urbano, estadual, nacional e
mundial).
DEPENDE DE NOSSAS
CRENÇAS.
Budistas não vêem
imagens de Nossa Senhora.
Do mesmo modo o
falar. Há um FALAR EXTERNO, composto da língua física, e um FALAR INTERNO, que
diz do interpretador cerebral. A Língua geral é corpomental.
Não é só que nos
animais não haja um aparelho fonador externo, não há também um aparelho fonador
interno. ELES NÃO TÊM CULTURA, não estão inseridos em nosso modo de pensar, que
as crianças aprendem aceleradamente (com enorme esforço mal-reconhecido e que
até passa despercebido), referenciando milhares e até milhões de elementos numa
REDE LINGUÍSTICA de muitas linhas de programação. A Língua é enormíssima
programáquina, incomparavelmente mais complexa do que, por exemplo, o ADRN.
Dotar os animais de um
aparelho fonador humano de nada serviria. Seria preciso ensinar-lhes também a
significação de todas as coisas com que lidamos no dia a dia.
Vitória,
sexta-feira, 14 de março de 2003.
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