quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017


Bula Redesenhada

 

                            Quando vemos as bulas as letras são minúsculas.

                            A visão é melhor nos jovens que nos velhos, de forma que logicamente as letras deveriam ir aumentando com o passar dos anos, sendo especialmente grandes para os muitos idosos e os míopes, mais ainda quando para velhos míopes. Há que lembrar que são os mais velhos que prescrevem ou tomam os remédios, de preferência a jovens, aos quais eles são ministrados. Quase nunca ocorre de um jovem dar remédio a um mais velho nas primeiras fases da vida.

                            Depois, temos quatro endereços para os dados: 1) para a Secretaria da Fazenda, estadual, ou o Ministério da Fazenda, federal, interessados nas informações do Fisco geral, em vários níveis, as informações para a SEFA ou MINIFAZ podendo estar num retângulo no final; 2) para a empresa, muito poucos; 3) para os médicos, em dois níveis, que trataremos a seguir; 4) para os usuários, que se dividem em dois grupos, povo e elites.

                            Os médicos estão no nível prático, de imediata identificação, de referência rápida, enquanto estão consultando o paciente, ou num estudo mais detido, porém não muito profundo. Acima deles estão os biólogos (especialmente os farmacologistas, que constroem as fórmulas) a lhes fornecer as informações que vieram do laboratório. Aqui deveríamos ter as informações práticas numa cor, letra pequena, e as informações teóricas na mesma cor, outro tom, letra superpequena.

                            O usuário é o ponto final, a chegada, a quem verdadeiramente se destinam as bulas, que para ele devem oferecer informações simplificadas, destinadas às elites (ricos e médios-altos), mais cultas, letradas, e informações SUPERSIMPLIFICADAS, destinadas ao povo (pobres e miseráveis), só com o essencialíssimo, o primário, o básico mesmo. Sempre letras grandes.

                            A pergunta central deve ser esta: O QUÊ INTERESSA AO USUÁRIO? Do Isordil Sublingual vou listar os títulos (em azul as informações remetidas preferencialmente aos médicos, em vermelho aqueles que cabem aos clientes):

·        Formas Farmacêuticas e Apresentação

·        Composição

·        Informações ao Paciente

·        Informação Técnica

·        Indicações

·        Contra-Indicações

·        Precauções e Advertências

·        Interações Medicamentosas

·        Reações Adversas

·        Posologia e Administração

·        Conduta na Superdosagem

Cada título subdividido em vários subtítulos.

Superdosagem pode ser subdividida: IMEDIATA (para fazer em casa) e ADIANTE (para fazer no hospital). Posologia pode ser chamada de DOSAGEM ou USO e Administração COMO TOMAR.

Prazo de validade, que é muito importante, deveria vir superdestacado, dentro de um quadrado ou retângulo, sobre-impresso ou até decalcado. Do mesmo modo o número gratuito (frisando-se a gratuidade). As caixas de remédios também devem ser reprojetadas, no mesmo estilo, concentrando-se as informações externas dum lado, as internas de outro, ou abrindo quatro retângulos, nos quatro lados do paralelepípedo. As caixas deveriam ser: a) totalmente negras para os remédios controlados; b) roxas para os prescritos por médicos, exclusivamente, c) brancas as de uso geral.

                            Esta é, pois, a nossa proposta, em termos de registro, para venda às empresas farmacêuticas: 1) um tanto à vista, pronto pagamento, 2) centavo uma fração de centavo, a combinar conforme os tempos, amarrado a um multiplicador, por cada bula ou caixa reprogramada, 3) pagamentos a combinar por outros serviços de reprogramação.

                            Vitória, sábado, 22 de fevereiro de 2003.

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