A
Fronha Velha
Há aqui em casa uma fronha velha, cheia de
buracos e rasgados (Silas, nosso Labrador Pink nose gostava de morder, eu
valorizava mais a ele que a objetos, ele destruiu muitos, para grande diversão
minha – e alguma raiva), que uso, gosto bastante. Há fronhas novas, posso compra-las
- compro de vez em quando, até as bonitas; e poderia comprar as cheias de
babados e firulas e enfeites, as caras e elegantes -, o que não faço, prefiro a
simplicidade.
OS ÍNDICES DO ORGULHO (o orgulho ou
vaidade é queimado todos os dias em todo o mundo; eles e elas pagam esses
excessos trabalhando para nós)
O polegar é o orgulho. A mão esquerda da
criação: querer, arbítrio, vontade, desvio e queda.
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Beleza.
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Fama.
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Poder.
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Riqueza.
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FRONHAS
DO ORGULHO
Não se precipite no julgamento, também há
arte e criativid’arte.
As fronhas novas, melosas, são cheias de
cuidados e auto importância, nem querem se deixar tocar, as fronhas velhas são
como os avôs e as avós, os velhos e velhas rotos e rasgados que mostram nos
rasgos o enfrentamento da vida – às vezes os morderam, deles zombaram, mas
continuam dispostos a nos servir.
Não seja excessivo, não queira os luxos das
sedas o tempo todo, seja comedido, entenda a profundidade de tudo.
Vitória, sábado, 11 de fevereiro de 2017.
GAVA.
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