sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017


2033

 

                            Em 2033 fará 300 anos desde quando James Wyatt criou a fiandeira mecânica e disparou a Revolução Industrial.

                            Por quê essa seria uma data mais importante que outras, a ponto de nos darmos ao trabalho de comemorá-la e de fixá-la na geo-história humana?

                            Bem, 1733 + 300 = 2033. Na nossa base numérica 10, 300 é 3 x 100, 3.102, um “numero fechado”, como dizem os idiotas (com dois zeros, o que é raro, em termos da curta vida humana). A verdadeira importância consiste no feito de Wyatt, porque é o primeiro aparelho complexo que reflete algum automatismo. É o primeiro descendente da tecnociência. É certo que desde a Antiguidade já se faziam robôs, mecanismos que respondiam a uma série de movimentos seqüenciados automáticos planejados, mas tudo era divertimento dos “sábios” (não eram tão sábios assim, daí as aspas da dúvida e do deboche).

                            Não era nada destinado a diminuir ou abrandar as tarefas do povo, dos trabalhadores. A mensagem de Cristo, como já mostrei, destinava-se primordialmente a romper o fosso entre as elites e o povo, pois tudo se destinada àquelas, que são uma fração pequena, e quase nada ao povo, estados as primeiras e o segundo na proporção de 1/99. Não fosse criada a base ampla as nações não progrediriam e ficariam para sempre patinando no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral mais superficial, incapazes de, pela ausência de forçamento das necessidades amplas da população, atingir as necessárias profundidades.

                            Isso Cristo fez, gerando na Idade Média a transformação longamente maturada, fundindo a coletivização judaica com o pensamento grego, dando então pensamento coletivo, que atende à maioria, quase à totalidade, como no Japão (que foi cristianizado, como já mostrei).

                            Então, Wyatt foi o anunciador de uma nova Era.

                            É por isso que é importante comemorar.

                            O Ocidente nasceu verdadeiramente ali e a partir dali se tornou amplamente vitorioso. A Revolução Industrial é, por isso, uma revolução cristã que, pela expansão contínua, deu a Cristo a vitória sobre o mundo, sobre a morte.
                            Vitória, sábado, 17 de maio de 2003.

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