Política
Ministerial
Toda racionalidade
que esses caras praticam é a de, desejando, irem colocando mais e mais
ministros em outros tantos ministérios, com centenas ou milhares de
funcionários, tudo às expensas dos governos – só porque não é pago por eles e
sim pelo povo.
Lá
por 1988, como já disse várias vezes, escrevi à presidência da República
dizendo para diminuir o número de ministros de 27 a 6; Collor baixou a 12 e os
que vieram depois reconduziram à conta das dezenas. Também enviei documento
semelhante ao governo estadual do Espírito Santo, mas aqui, nenhuma providência
tomaram.
AS RAZÕES DA INÉRCIA
·
O
grande número de ministros fragmenta o poder que poderiam exercer, diminuindo-o
frente ao mandatário maior e não fazendo sombra a ele; como podem entrar e sair
a qualquer momento, ficando no máximo quatro anos, em certos períodos com
grande rodízio, muitas vezes a gente nem sabendo quem são, a menos que a
imprensa o diga;
·
Os
cargos, sendo muitos, talvez três dezenas, podem ser negociados e “vendidos”
aos partidos da coligação do poder, permitindo atender muito mais deles, já que
o sistema é dispersivo e fragamentador no chamado “pluralismo partidário”;
·
Outras
(pesquise, é interessante e importante aula de geo-história e dos atrasos
socioeconômicos do terceiro mundo);
Poderia ser
diferente, claro.
Se o presidente
contraísse o número de ministros a seis ou, melhor ainda, a quatro, sendo ele o
quinto elemento, esses poucos se projetariam bastante para serem FATALMENTE
eleitos governadores ou senadores da coalizão. Em vez de distribuir ministérios
distribuiria departamentos e chefias, em número muito maior, mas que não se
reuniriam com ele. Os ministérios seriam unicamente do partido ganhador das
eleições.
Em suma, o Ministério
geral enquanto tecnociência nunca foi estudado em qualquer parte do mundo, o
que é uma pena, passados tantos milênios. Nunca se filosofou sobre ele, o que
teria proporcionado boas discussões.
Vitória,
segunda-feira, 26 de abril de 2004.
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