Os Crátons que Foram
para o Oeste e os Páleo-Lagos e Páleo-Rios que Nunca Mais Foram Vistos
Na América do Sul
tínhamos, quando separação da África, dois crátons, duas imensas montanhas de
granito baseadas na agora chamada Placa da América do Sul (o Planalto
Brasileiro e o Planalto das Guianas), que não enxergamos devido ao nosso
mal-costume de não ver os verdadeiros continentes por debaixo dos que são conformados
pelos mares e oceanos, ou seja, de não observar as placas tectônicas.
Ao caminharem para o
Oeste eles viram levantar-se a Oeste a barreira depois chamada Andes, no sopé
da qual formaram-se muito antes de agora páleo ou antigos-rios e páleo ou
antigos-lagos, que foram desaparecendo com os milhões de anos. Os geólogos
deviam estar fazendo o mapeamento deles, acompanhando a formação do
novo-continente a cada milhão de anos. Como vimos nos textos sobre meteoritos,
tivemos uma grande queda há 65 milhões de anos e outra grande há 273 milhões de
anos. Desde essa primeira data os crátons começaram a caminhar para o Oeste,
depois que houve o divórcio entre a Mãe África e o Pai Brasil. Eram pequeninos,
relativamente, mas foram juntando terras devolutas e ficaram enormes, tendo
acumulado toda a Fazenda América do Sul, aliás só recuperada do mangue depois.
Lá no Oeste eles enriqueceram, adquiriram áreas enormes e danaram a criar
montanhas, que deram crias e formaram uma vasta descendência.
Antes de desaparecer
de seus antigos leitos aqueles rios ancestrais - com suas fozes que dos crátons
desciam para Oeste e davam no mar, traçando rotas que estão desaparecidas - abrigaram
vida, sendo da maior importância descobrir mais sobre ela, nos propostos 273
mapas (cada um de milhão de anos, lembre-se). Alguma grande empresa (de
preferência a Petrobrás) deve patrocinar essa confecção, frisando os últimos 65
mapas ou 65 milhões de anos, depois do abalo do grande meteorito que caiu no
Iucatã, México. Remontar os traçados dos páleo-rios e dos páleo-lagos é muito
importante para descobrir em volta deles a demonstração da vida antiga, mas
também para vermos como tudo muda, como tudo se altera e como devemos nos
des-prover dos continuísmos que nos prejudicam, quer dizer, dessas confianças
erradas na continuidade, que não nos deixa ver o que há de mais profundo – a
eterna modificação.
Vitória, sábado, 19
de junho de 2004.
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