quinta-feira, 29 de junho de 2017


Os Crátons que Foram para o Oeste e os Páleo-Lagos e Páleo-Rios que Nunca Mais Foram Vistos

 

                            Na América do Sul tínhamos, quando separação da África, dois crátons, duas imensas montanhas de granito baseadas na agora chamada Placa da América do Sul (o Planalto Brasileiro e o Planalto das Guianas), que não enxergamos devido ao nosso mal-costume de não ver os verdadeiros continentes por debaixo dos que são conformados pelos mares e oceanos, ou seja, de não observar as placas tectônicas.

                            Ao caminharem para o Oeste eles viram levantar-se a Oeste a barreira depois chamada Andes, no sopé da qual formaram-se muito antes de agora páleo ou antigos-rios e páleo ou antigos-lagos, que foram desaparecendo com os milhões de anos. Os geólogos deviam estar fazendo o mapeamento deles, acompanhando a formação do novo-continente a cada milhão de anos. Como vimos nos textos sobre meteoritos, tivemos uma grande queda há 65 milhões de anos e outra grande há 273 milhões de anos. Desde essa primeira data os crátons começaram a caminhar para o Oeste, depois que houve o divórcio entre a Mãe África e o Pai Brasil. Eram pequeninos, relativamente, mas foram juntando terras devolutas e ficaram enormes, tendo acumulado toda a Fazenda América do Sul, aliás só recuperada do mangue depois. Lá no Oeste eles enriqueceram, adquiriram áreas enormes e danaram a criar montanhas, que deram crias e formaram uma vasta descendência.

                            Antes de desaparecer de seus antigos leitos aqueles rios ancestrais - com suas fozes que dos crátons desciam para Oeste e davam no mar, traçando rotas que estão desaparecidas - abrigaram vida, sendo da maior importância descobrir mais sobre ela, nos propostos 273 mapas (cada um de milhão de anos, lembre-se). Alguma grande empresa (de preferência a Petrobrás) deve patrocinar essa confecção, frisando os últimos 65 mapas ou 65 milhões de anos, depois do abalo do grande meteorito que caiu no Iucatã, México. Remontar os traçados dos páleo-rios e dos páleo-lagos é muito importante para descobrir em volta deles a demonstração da vida antiga, mas também para vermos como tudo muda, como tudo se altera e como devemos nos des-prover dos continuísmos que nos prejudicam, quer dizer, dessas confianças erradas na continuidade, que não nos deixa ver o que há de mais profundo – a eterna modificação.

                            Vitória, sábado, 19 de junho de 2004.

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