O Museu do
Inexistente
Steven Spielberg
lançou a série Indiana Jones (Os
Caçadores da Arca Perdida, 1981; Indiana
Jones e o Templo da Perdição, 1984; Indiana
Jones e a Última Cruzada, 1989) já faz 23 anos desde o primeiro, mal dá
para acreditar.
Como você deve se
lembrar, na cena memorável do fim do primeiro a Arca da Aliança vai para um
museu (não é dito onde) do Vaticano no qual estão inúmeras outras peças
desaparecidas, todas as coisas da geo-história que são dadas como impossíveis e
os crédulos juram de pés-juntos que são verdadeiras.
Em ASC diremos que
há realmente, superescondido, um Museu do Inexistente, tudo que se diz que
existe e existe mesmo, aquelas preciosidades que foram levadas de Tróia
Olímpica pelos troianos (os “deuses”) em fuga, Abraão e os outros, inclusive
Enéias, que foi para onde agora é Roma, levando infinidades de coisas que
ficaram escondidas desde então, à espera da oportunidade certa de mostrar, quando
Adão e os adâmicos despertarem enfim.
Tudo começa com
palestras zombando de todos os que acreditam nesses elementos impossíveis: os
objetos, máquinas, aparelhos, instrumentos celestiais ou atlantes que, dirão
eles com riso de mofa, existiriam mesmo após seis mil anos, quando os nossos
não duram nem 200. Artigos de revista, brincadeiras, todo tipo de deboche
cáustico detratará os que crêem. É claro que os Doze Ocultos, os reais
governantes do mundo, mantém tal lugar supersecreto, vão de vez em quando
visitar, muito em surdina, o que em tese demonstraria a verdade de tudo (as pessoas
acreditam em cada coisa!). É a oportunidade de contar nos filmes da série como
cada objeto foi parar ali depois de rodar pelo mundo e como os Doze fizeram ao
largo de séculos e milênios para ocultar de todas as vistas aquelas magnífica
peças. Cada objeto, ao ser pego, começa uma contagem, um episódio que fala dele
longamente, em posse de quaL povo esteve, etc. Será preciso pesquisar a fundo,
para determinar onde realmente apareceram notícias dessas coisas ao largo da
história. Onde os mitos e lendas falaram de tais ou quais itens? É preciso
desenhar a forma e imaginar o conteúdo tendo como referência ASC e seu
desenvolvimento orgânico.
Vitória, domingo, 20
de junho de 2004.
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