quarta-feira, 28 de junho de 2017


O Museu do Inexistente

 

                            Steven Spielberg lançou a série Indiana Jones (Os Caçadores da Arca Perdida, 1981; Indiana Jones e o Templo da Perdição, 1984; Indiana Jones e a Última Cruzada, 1989) já faz 23 anos desde o primeiro, mal dá para acreditar.

                            Como você deve se lembrar, na cena memorável do fim do primeiro a Arca da Aliança vai para um museu (não é dito onde) do Vaticano no qual estão inúmeras outras peças desaparecidas, todas as coisas da geo-história que são dadas como impossíveis e os crédulos juram de pés-juntos que são verdadeiras.

                            Em ASC diremos que há realmente, superescondido, um Museu do Inexistente, tudo que se diz que existe e existe mesmo, aquelas preciosidades que foram levadas de Tróia Olímpica pelos troianos (os “deuses”) em fuga, Abraão e os outros, inclusive Enéias, que foi para onde agora é Roma, levando infinidades de coisas que ficaram escondidas desde então, à espera da oportunidade certa de mostrar, quando Adão e os adâmicos despertarem enfim.

                            Tudo começa com palestras zombando de todos os que acreditam nesses elementos impossíveis: os objetos, máquinas, aparelhos, instrumentos celestiais ou atlantes que, dirão eles com riso de mofa, existiriam mesmo após seis mil anos, quando os nossos não duram nem 200. Artigos de revista, brincadeiras, todo tipo de deboche cáustico detratará os que crêem. É claro que os Doze Ocultos, os reais governantes do mundo, mantém tal lugar supersecreto, vão de vez em quando visitar, muito em surdina, o que em tese demonstraria a verdade de tudo (as pessoas acreditam em cada coisa!). É a oportunidade de contar nos filmes da série como cada objeto foi parar ali depois de rodar pelo mundo e como os Doze fizeram ao largo de séculos e milênios para ocultar de todas as vistas aquelas magnífica peças. Cada objeto, ao ser pego, começa uma contagem, um episódio que fala dele longamente, em posse de quaL povo esteve, etc. Será preciso pesquisar a fundo, para determinar onde realmente apareceram notícias dessas coisas ao largo da história. Onde os mitos e lendas falaram de tais ou quais itens? É preciso desenhar a forma e imaginar o conteúdo tendo como referência ASC e seu desenvolvimento orgânico.

                            Vitória, domingo, 20 de junho de 2004.

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