quarta-feira, 28 de junho de 2017


Notícias de Pessoas e de Ambientes

 

                            Tomando as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo), como podemos saber onde estão MAIS os egoístas e onde menos, isto é onde eles predominam e onde estão contidos?

                            Há notícias das pessoas quando se fala muito de “mim”, de “minha família”, de “meu grupo” e de “minha empresa”, ou seja, onde há dominância do lucro pessoal, em detrimento do coletivo. Nesses lugares as casas de indivíduos e de famílias, clubes campestres, mansões e empresas brilham, mas o resto vai muito mal: cidades cujas, campos abandonados, estados em dificuldades fiscais, nações depauperadas. O Nordeste do Brasil é assim, a África toda é assim, bem como porções da América Latina, a antiga URSS das dachas era desse jeito e o Leste europeu antes de passar à Europa dos 25, permanecendo assim porções da Ásia. Nesses lugares o que é do coletivo apodrece e morre, enquanto tudo que é individual brilha e se destaca. Mesmo naqueles lugares onde é dessa maneira um pouco menos, ainda há alguma coisa, como nos EUA, aonde os brilhos vêm aumentando, constituindo indicação segura de que os personalismos estão suplantando os interesses gerais, grupais. Quer dizer, nos Estados Unidos a idéia de vivência grupal está sendo progressivamente solapada, para se tornar futuramente uma luta sem tréguas pela acumulação pessoal, sem qualquer consideração pelo todo, o resultado geral sendo que as lutas se tornarão MUITO MAIS AGUDAS, cruéis, incisivas, penosas, sem tréguas.

                            E assim é em toda parte.

                            Quanto começa a ostentação as sociedades já estão francamente a caminho da dissolução, como na Grécia, em Roma, no Irã recente do Xainxá substituído pelos aiatolás. É preciso que os geo-historiadores identifiquem, como técnica matemática, enquanto soma zero do par polar luz/sombra, os períodos de luz e intensa luz que antecedem os períodos de sombra e profunda sobra. No Brasil também, como agora, em que a concentração (veja Campo de Concentração, no Livro 81) prosperou tanto desde 1991.

                            É só olhar. Bolívia? Grandes mansões, povo empobrecido: mais pessoal que ambiental, sujeita a revoluções. Suécia? A distância entre o maior e o menor salário é 4/1 – chance quase zero de dissolução. Altamente coletivista, a Suécia é sinal que lá quase todos trabalham pelo coletivo e não principalmente para si e os seus. Um lugar bom para ir, de férias ou para morar.

                            Vitória, terça-feira, 15 de junho de 2004.

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