quinta-feira, 29 de junho de 2017


Os Gatos da ESCELSA Roubam de Todos Nós

 

ESCELSA é o acrônimo para Espírito Santo Centrais Elétricas, empresa antes estatal do grupo estatal ELETROBRAS, depois vendida à EDP, Energias de Portugal comprada pela China.

A GATOLÂNDIA NO ESPÍRITO SANTO

Oficina de Notícias
Escelsa retira mais de 68 mil “gatos” da rede elétrica
 
As ligações clandestinas, populares “gatos”, prejudicam a todos os cidadãos, é prática perigosa e podem colocar em risco a vida das pessoas.
 
A fim de alertar sobre esse prejuízo, a EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do Grupo EDP no Brasil, orienta seus clientes sobre a importância desse tema e atua realizando constantes inspeções nos medidores de energia, retirada de ligações clandestinas e regularizações. Somente no primeiro semestre deste ano, a Distribuidora realizou 84.628 inspeções em unidades consumidoras nos 70 municípios em que atua com o objetivo de identificar fraudes nos medidores.
2012

Líder dos 'gatos' desenvolvia sistema para furtar energia por controle remoto

Fernando da Mata e Francisco Júnior

Ao todo, Operação 'Curto Circuito' da Polícia Civil prendeu 18 pessoas em Campo Grande e três cidades próximas

Destreza e facilidade com informática. Características que tornaram o eletricista Duedes Henrique de Almeida, 52 anos, um especialista em “gatos”. Ele era chefe da quadrilha que furtava energia em Campo Grande.
Segundo a Polícia Civil, Almeida era tão especialista que estava criando sistema de furto de energia por controle remoto. Para fazer os gatos, ele cobrava R$ 500 em média.
O eletricista foi um dos 18 presos durante a operação Curto Circuito, deflagrada nesta sexta-feira (2) pela Polícia Civil em Campo Grande, Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo e Terenos.

Nesses dias o ES tem 4,0 milhões de habitantes e em torno de 1,0 milhão de lares; quando o número de residências era bem menor, li outrora (alguém deve fornecer números confiáveis), que existiriam 500 mil “gatos” no estado, virou esporte popular. Se for assim, é 50/50, metade paga para a outra metade ser feliz sem pagar. E não são apenas populares, conheço advogado que teve durante 30 anos.

“Gato” é o nome popular, pois furta energia (como gatuno é o ladrão em populês), enquanto o nome oficial é Redutor de Energia Residencial, RER enquanto acrônimo. A Internet diz já existir à venda “aparelho para gato de energia elétrica” e que ESCELSA cortou gato - é de pasmar - em prefeitura, órgão público. Enquanto uns vivem sem pagar, outros pagam; dentre estes há os que sonegam Imposto de Renda, um dos tributos brasileiros, a caminho de 100 deles; a sonegação, pela matéria do Jornal do Brasil em 1993 (na briga por salários da PF com o governo, publicaram esse dado que nunca esqueci e tomo ainda como certo), é de 60 %, quer dizer, de todos os tributos pagos pelo povo as empresas ficam com 60 em cada 100 recolhidos.

Alguns se refestelam, se deleitam com o trabalho alheio que tomam à coletividade, enquanto outros se esfalfam, se esgotam trabalhando por dois. E dentre esses desonestos há os que cobram honestidade aos corruptos mostrados pela Lava Jato (que está certíssima): não deveríamos ser todos honestos?

Além do roubo em si, contra a coletividade, há o perigo inerente das ligações feitas por quaisquer uns não-técnicos ou técnicos práticos, incompetentes. E há esse roubo principal que é o abatimento da moralidade que deveria ser guia de todos e de cada um. Nesse momento de Lava Jato é hora de consertar tudo.

Vitória, quinta-feira, 29 de junho de 2017.

GAVA.

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